Só Séries: Regresso ao passado em “Outlander”

A nova série do canal Starz teve uma receção além das expetativas e veio reforçar a ideia de que o canal está a apostar forte em produções de qualidade.

Inspirado no best seller de Diana Gabaldon, Outlander conta a história de Claire Randall, interpretada por Caitriona Balfe, uma enfermeira da Segunda Guerra Mundial que procura recuperar os anos perdidos do seu casamento com Frank Randall (Tobias Menzies, que mais tarde interpreta o seu antecessor Jonathan Randall). Mas uma visita a um sítio misterioso transporta-a de forma inexplicável para o ano de 1743 na Escócia. Perante uma guerra iminente entre o exército britânico e a população local, Claire tudo fará para sobreviver ao mesmo tempo que vai contar com a proteção do guerreiro escocês Jamie Fraser (Sam Heughan).

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Eu não li os livros mas confesso que estou totalmente encantada pela história. Não só é algo original como também consegue ser bastante cativante. Primeiramente porque não sabemos logo como Claire viajou no tempo e essa questão pertinente, sem resposta, é importante para se perceber o porquê de isso ter acontecido. Posteriormente isso deixa de ser importante, uma vez que a sua presença se torna um fator decisivo para a história, pois ela terá o poder de a alterar. Para quem não leu os livros, cada episódio é uma aventura nova e as perguntas continuam a aumentar.

Em relação ao elenco tenho que dar os meus parabéns a quem fez o casting porque todos os atores estão de facto bem escolhidos. Existe uma química enorme entre o elenco e os diálogos e atuações são todos bastante congruentes. Conseguem encarnar verdadeiramente o espírito escocês do século XVIII e interpretar com toda a eloquência qualquer cena exigida. Sem contar que Caitriona, a protagonista, faz um papel exímio e que a sua performance é brilhante.

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E se acham que chega de elogios enganam-se porque Outlander consegue surpreender em todos os parâmetros. O figurino da série é algo também único e muito bem feito, obrigando inclusive todos os homens a utilizar o famoso Kilt. A criação dos cenários envolventes é também algo a enaltecer, uma vez que o recurso a cenários computadorizados é praticamente nulo. As montanhas e vales presentes na série são de facto reais e a produção mudou-se inclusive para a Escócia de maneira a dar mais realismo à série. E que realismo… Adoro os cenários e a misturas de cores que a natureza proporciona para embelezar ainda mais a série.

Outro fator que me tornou fã da série é a qualidade de imagem e de planos utilizados. Existe uma atenção enorme aos detalhes presentes no contexto e as variações de ângulos da câmara torna a série muito mais interativa e interessante. A própria banda sonora dá um equilíbrio enorme às cenas apresentadas e toda esta mistura torna a experiência do espectador muito mais aprazível.

Outlander é uma ficção histórica que tem todos os componentes para se tornar numa série de sucesso. Mesmo para aqueles que não gostam deste tipo de produções, Outlander consegue cativar pela sua qualidade e entreter pela sua história. Claro que para mim, fã deste tipo de produções, esta série é simplesmente brilhante. Não é à toa que foi renovada após a exibição de apenas um episódio. Sem dúvida, um must see

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