Thriller português regressa às telas

O Frágil Som do Meu Motor foi exibido nos últimos dias pela RTP 2 e pela TV Cine, 8 anos depois da sua estreia comercial.


A versão internacional, transmitida em festivais como a Mostra de Cinema de São Paulo, foi equiparada pelo The Guardian a The Shinning (1980), de Stanley Kubrik. Realizado por Leonardo António, o filme é protagonizado por Alexandra Rocha, Gustavo Vargas, João Villas-Boas e Rui Luís Brás, contando ainda com Albano Jerónimo e Peter Michael no elenco.

Este thriller psicológico tem como narrador um bebé em gestação. A criança está aparentemente fascinada por Gabriela (Alexandra Rocha), enfermeira da unidade de queimaduras de um hospital. Gabriela entra num mundo de desventuras quando Vítor (João Villas-Boas), um detetive de polícia amigo do seu marido (Gustavo Vargas), pede para que ela cuide de uma vítima que sobreviveu a uma série de assassinatos que envolveram colocar fogo em alvos vivos. Com o casamento em declínio, Gabriela é seduzida por um admirador secreto. Porém, ela descobre que o seu amante pode ser o responsável pelos assassinatos em série.

Não obstante a assaz complexidade do argumento, de emaranhado pretensioso e final esdrúxulo, alguns itens fazem o filme merecer a atenção do espectador: a qualidade fotográfica, a música de Rodrigo Leão e a superlatividade da protagonista, Alexandra Rocha, que se destaca por tornar orgânica a interpretação de uma personagem de grandes desafios. O filme contou com gravações no Peso da Régua e na Serra das Estrela, nas quais os atores demonstraram estofo para enfrentar as dificuldades físicas e emocionais impostas pelas condições climatéricas e cenas de ação.


Rúben Gomes

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