Rita Pereira: «Óbvio que a TVI não tem arriscado tanto nos argumentos»

É a capa da Notícias TV desta semana, e foi à jornalista Ana Lúcia Sousa que Rita Pereira falou sobre os mais variados temas que marcam a atualidade televisiva e a sua carreira. Confrontada com as críticas que José Eduardo Moniz lançou à ficção da TVI, a atriz concordou com o antigo diretor de programas do canal da Media Capial.

Óbvio que a TVI não tem arriscado tanto nos argumentos. O Remédio Santo é um caso à parte porque teve uma história muito diferente do que foi visto e, se calhar, mostrou que a criatividade ainda vende. Agora os triângulos que são criados, os casais que são separados e que depois se voltam a reencontrar… isso é uma certeza de que o produto vai ter audiência. Nisso concordo com José Eduardo Moniz. Mas não é só a TVI, é a SIC  e todos os produtos. Tendo a base a fórmula, eles deixam que os argumentistas criem. Não é só culpa de quem escreve, o produto é pedido e é direcionado para um objetivo. É um conjunto. Os atores são os que têm menos culpa nisso.

Para evitar eventuais semelhanças entre personagens de diferentes novelas, a exclusiva da TVI afirmou ser importante estar atenta aos projetos de ficção que estão a ser transmitidos. Afinal, ao mesmo tempo que Rita Pereira se dedicava a Helena, Joana Santos arrasava na SIC na pele de Diana: «Refleti muito, tinha de fugir da personagem da Joana, pensava: “Tenho de fazer diferente”. E acho que consegui. Acabei por ver a novela de propósito só para a ver e para conseguir fugir. Elas não tem que ver, a Joana era mais falsa, a Helena era aquilo, não fingia, não queria saber se as pessoas gostavam dela ou não.»

Por fim, a atriz não escondeu que ficou orgulhosa por Laços de Sangue ter ganho o tão prestigiado Emmy de Melhor Novela Internacional. «Mandei uma mensagem à Gabriela [Sobral] a dar-lhe os parabéns e à Patrícia Sequeira. A equipa que fez Laços de Sangue foi a mesma que trabalhou comigo em Doce Fugitiva, senti um enorme orgulho de Portugal ter ganho outro Emmy».

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