A sua postura relativamente às decisões da direção de programas da estação pública é crítica. Para além de não compreender a existência de uma estação como a RTP África em que se verifica a promoção dos países africanos paga com o dinheiro dos contribuintes portugueses, defende a existência de apenas um canal público.

«Acho que a existência de dois canais públicos tem sido uma grande desculpa para não se apostar na qualidade. Porque assim a RTP1 diz sempre que para a qualidade tem a RTP2. Acho que é possível e não é assim tão complicado fazer uma grelha de programas coerente num só canal, que tenha qualidade e que preste serviço público», disse à Notícias TV.

Afinal, o grande objetivo de um canal como a RTP seria diferenciar-se da programação das privadas, algo que não acontece nos dias de hoje. Para Miguel Sousa Tavares as audiências deve ser considerado, mas não tornada como objetivo principal: «[É importante verificar-se] a obrigação de fazer um canal que se distinga das privadas. A questão das audiências não seria absolutamente desprezível. Agora, se você cria uma televisão, tem de ter objetivos mínimos.»

Se não se alcançassem esses mesmos valores, o jornalista não tem meias medidas: «Pronto, se não vierem resultados, o que é se faz? No limite acaba-se com a estação pública», concluiu.

Diogo Santos

Licenciado em Ciências da Comunicação e mestre em Marketing e Publicidade. Tenho uma grave obsessão por audiências desde os meus 14 anos. Espanta-se quem me ouve dizer que praticamente não vejo televisão. No entanto, basta fazerem-me uma pergunta sobre esta categoria, e a resposta surge em segundos. Querem testar? ;)

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