Gipsy Kings regressam ao Coliseu dos Recreios em maio de 2025
Maria Rueff: «Via-me a fazer a vilã da “Avenida Brasil”»
Ela é já um nome de referência no humor português e tem vindo a fazer a diferença no programa da qual faz parte, juntamente com outros profissionais, Estado de Graça, transmitido pela RTP1. Foi numa grande entrevista à revista Notícias TV que a atriz se mostrou incomodada com alguns pré-conceitos criados pela sociedade contra os humoristas. Explica também o porquê de ter feito novela uma única vez:
Sabe que a maior parte dos cómicos, se transpusermos isto para a pintura, são atores que usam tons fortes. Isto liga automaticamente com a tragédia. Tem de ser um ator com peso teatral, com espessura. O comediante é sempre cisto como uma coisa de segunda categoria. Isso dói-me horrores, irrita-me horrores.
A profissional que entra todos os domingos à noite na casa dos portugueses, está agora em cena com Joaquim Monchique numa peça que vai percorrer as salas de teatro de todo o país. Foi à mesma publicação que confessou ter uma baixa autoestima, mas garantiu ser capaz de integrar o papel de uma das mais famosas atrizes numa novela que alcançou um enorme sucesso do Brasil:
Eu via-me a fazer a vilã da Avenida Brasil. Lá está, são cores fortes, intensas, trágicas. Nós somos atores de composição, não somos atores de refrigerantezinho, não somos atores light. Estamos cansados de nos acharem atores light.
Apesar do difícil estado em que está a cultura em Portugal, a atriz está longe de se achar acabada e, por isso, vai continuar a dar o melhor de si a um público que a reconhece há décadas.