Canal Hollywood emite o especial «Casos Verídicos»

A estreia de Lion – A Longa Estrada Para Casa, drama biográfico, nomeado para diversos prémios, incluindo seis Óscares, assinala o arranque do ciclo de cinema Casos Verídicos que o Canal Hollywood exibe todas as quartas-feiras de outubro, a partir de dia 02, sempre às 22h30.


Baseado numa história verídica e adaptado da autobiografia de Saroo Brierley, “A Long Way Home”, “Lion – A Longa Estrada Para Casa”, conta a história de Saroo (interpretado por Dev Patel em adulto e Sunny Pawar enquanto criança), um menino indiano que se perde da família aos cinco anos de idade. Depois de ser adotado por um casal australiano, cresce noutro país, mas, anos depois, decide tentar encontrar a sua família biológica usando ferramentas como o Google Earth.

Realizado por Garth Davis, elogiado por equilibrar o drama humano com visuais impressionantes, especialmente nas cenas iniciais na Índia, o filme captura tanto a beleza quanto o desespero das situações vividas por Saroo.

No elenco do filme, destaque ainda para Nicole Kidman, reconhecida pela sua interpretação sincera e comovente no papel de mãe adotiva de Saroo, Sue e, de acordo com o The Hollywood Reporter, de uma “intensa vulnerabilidade”.

Na quarta-feira seguinte, 9 de outubro, o Canal Hollywood estreia “Burden – A Redenção”, um drama baseado na história de Mike Burden, um jovem membro ativo dos Ku Klux Klan, que decide afastar-se do grupo e viver com a mulher que ama. Perseguido, o casal é acolhido pelo líder de uma comunidade negra, Kennedy, que, mesmo sendo alvo de preconceito, oferece ajuda e abrigo a Burden, que busca redenção.

O filme aborda questões de racismo, libertação e transformação pessoal, focando os eventos que ocorreram na cidade de Laurens, Carolina do Sul, nos Estados Unidos, elogiado pelas atuações, especialmente a de Garrett Hedlund e Forest Whitaker, e pela forma sincera como trata temas sensíveis.

A realidade dos refugiados sudaneses é retratada em “A Boa Mentira”, que o Canal Hollywood estreia dia 16 de outubro, com foco no  caso real de uma jovem sobrevivente da Guerra Civil no Sudão que se muda, juntamente com mais três sobreviventes, para uma cidade no Kansas, nos Estados Unidos, onde desenvolve uma improvável amizade com uma mulher americana.

Alguns dos atores sudaneses no filme, como Ger Duany e Emmanuel Jal, são eles próprios refugiados que sobreviveram ao conflito e trouxeram as suas experiências pessoais para o filme. Em “A Boa Mentira”, ao chegarem à América, em luta para definir a sua identidade e adaptar a um novo mundo, os refugiados são recebidos por Carrie Davis (interpretada por Reese Witherspoon), no papel de uma assistente social.

“The Pirates of Somalia”, que estreia dia 23 de outubro, é um drama biográfico, escrito e realizado por Bryan Buckley,  baseado no livro The Pirates of Somalia: “Inside Their Hidden World”, do jornalista canadiano Jay Bahadur, que narra a verdadeira história da experiência de Bahadur ao se infiltrar no mundo dos piratas somalis, no início da década de 2010.

O filme, que oferece uma perspectiva única sobre o conflito da pirataria somali, visto pelos olhos de um jornalista inexperiente, mas ousado, interpretado por Evan Peters, é capaz de combinar humor e tensão ao mostrar a jornada de alguém que quer fazer a diferença, embora tenha uma visão idealista e por vezes ingénua do mundo que está a tentar cobrir.

 O drama histórico e último filme deste ciclo de cinema é “O Nascimento de uma Nação”, realizado, coescrito e protagonizado por Nate Parker, que no dia 30 de outubro conta a história real de Nat Turner, um escravo que liderou uma famosa rebelião de escravos no Condado de Southampton, Virgínia, em 1831.

“O Nascimento de uma Nação” trouxe à tona questões raciais num momento crítico nos EUA, quando o movimento Black Lives Matter estava em ascensão. A história de Nat Turner, um homem que se rebelou contra um sistema opressor, ressoou com discussões modernas sobre racismo e injustiça, contribuindo para iluminar aspectos da história dos afro-americanos que, muitas vezes, são negligenciados ou sub-representados no cinema mainstream.


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