Leitura de Verão: «Um Cemitério para Lunáticos»

Numa altura em fomos obrigados a ficar afastados daqueles que nos são mais próximos, e mesmo agora com um vislumbre de regresso à normalidade, escapar da realidade é sempre possível através da leitura.

Uma vez que o contacto físico é impossível como outrora, permite-nos a leitura e a nossa mente estar em contacto e envolvidos nas histórias que lemos. Sejam de que âmbito forem são sempre elas que nos permitem fugir para uma realidade onde a nossa mente toma controlo e nos transforma e envolve. Nesta nova rubrica, temos a certeza que as sugestões que daremos vão levar os nossos leitores a descobrir novas aventuras, abrir novos horizontes e a deixarem-se levar pelas histórias de que todos gostamos de ler.

Em Um Cemitério para Lunáticos, o autor Ray Bradbury maravilha-nos com uma história que tanto pode ser real ou ficionada, situando-se algures entre uma autobiografia inventada e um livro policial, que nos transporta aos anos de ouro do cinema.

Na noite de Halloween, um jovem argumentista de Hollywood recebe uma mensagem anónima para ir à meia-noite ao cemitério contíguo aos estúdios da Maximus Films, onde será surpreendido por uma «grande revelação». Ali depara com a figura arrepiante do antigo proprietário dos estúdios, supostamente morto há vinte anos. Terá visto bem, ou terá sido uma ilusão, uma partida de mau gosto? Em breve, ocorrerão outros estranhos acontecimentos ligados a um misterioso passado e a um monstro que anda à solta. Na tentativa de resolver todos estes enigmas, contando com a ajuda do detective Elmo Crumley e de uma plêiade de personagens excêntricas da Sétima Arte, o escritor vê-se enredado numa teia de segredos e escândalos que abrem a porta ao leitor ao mundo perdido dos anos dourados do cinema americano.