Inside Gaming: «Hearthstone»

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Devo confessar algo, jogos de cartas nunca foram o meu forte ou algo que me atraísse particularmente. Considerando o hype existente à volta de Hearthstone, admito que me despertou uma pontinha de curiosidade pois por todo o Youtube pipocavam vídeos deste videojogo de cartas. Assim que entrou em Open Beta (a fase de testes que vem após a Alpha, e open pois é aberta a todos, ao contrario da Closed Beta para a qual é necessário possuir um código), fiz questão de ir retirar as minhas próprias conclusões sobre este jogo de cartas estratégico online e digo-vos, ainda não parei de o jogar.

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Criado pela Blizzard (responsáveis por Diablo III) em 2013, é um jogo de cartas online e gratuito que utiliza as personagens do universo Warcraft, do qual faz parte o fenómeno mundial, World of Warcraft. O objetivo é simples, através da escolha de um destes personagens e com a ajuda de um deck de cartas, pré-criado ou cada jogador pode construir o seu, temos de derrotar o personagem inimigo.

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Existem nove heróis, cada um com uma categoria diferente – maga, caçador, paladino, guerreiro, druída, bruxo, xamã, sacerdote, e ladina. Cada um destes personagens tem um poder heróico diferente (por exemplo conseguir dois de armadura ou causar dois de dano ao herói inimigo) que pode ser utilizado uma vez por ronda se tiverem mana para tal. Além disto, cada deck tem até 30 cartas, é possível criar um personalizado para cada personagem, e além das cartas disponíveis para todos, existem 10 cartas diferentes especificas para cada herói. É possível aumentar o número de cartas através de vitórias que consequentemente fazem aumentar o nível de cada personagem, ou através das micro-transações. E é aqui que acaba o meu entusiasmo com este jogo. E porquê? Bem, sou contra este tipo de medidas. Aceito que seja um jogo gratuito, mas chega a um ponto que quem não quer gastar dinheiro (por exemplo eu), não tem hipóteses contra jogadores que investem o seu dinheiro real a comprar as cartas virtuais. Vejamos, é possível comprar 1 pacote (que contém 5 cartas) gastando apenas 100 moedas virtuais, ou seja, as que ganhamos através do jogo completando as missões diárias. No entanto, as missões não nos dão nem de perto o dinheiro suficiente para comprar os ditos pacotes, e quando digo nem de perto, é no sentido de precisarem de aplicar umas boas doses diárias no jogo, o que é bastante para apenas 5 cartas. Existem ainda a possibilidade de se comprar 2 pacotes por 2.69€, 7 por 8.99€, 15 por 17.99€ ou 40 pacotes por 44.99€ , o que hoje em dia é o preço normal para um videojogo, o problema é que uma vez que os decks estão em constante evolução e certamente aparecerão cartas novas, acaba por sair bastante caro. Se isto torna Hearthstone um pay-to-win? Torna, mas não é por isso que deixa de ser divertido, pessoalmente prefiro considerar que aumenta o desafio.

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Em termos de jogabilidade, existem 3 modos de jogo – contra um oponente aleatório e real, o modo de treino contra inimigos virtuais ou a Arena, que tem uma jogabilidade mais “hardcore”. Em cada jogo, o jogador recebe 3 ou 4 cartas inicias. Cada carta tem um personagem com um tipo de poder. Existem Lacaios, Feras, Feitiços, e mais uma série de tipos de carta. Cada carta tem um efeito diferente e utiliza uma quantidade diferente de mana – ao contrário de muitos jogos de cartas virtuais (como Magic: The Gathering), cada jogador recebe um ponto de mana em cada ronda e vai até aos 10 pontos após 10 rondas – o que faz com que certas cartas só possam ser utilizadas numa fase mais avançada da partida. Cada carta tem ainda um valor de ataque e de defesa e isto afeta a forma como esta se comporta com as cartas do inimigo. O objetivo final acaba por ser destruir o herói adversário e pelo caminho ir eliminando as cartas inimigas.

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Pode soar aborrecido, e eu própria pensava desta maneira, mas o que mais me chamou a atenção para Heathstone não foi a sua jogabilidade – pois como já aqui disse, jogos de cartas, virtuais ou reais, não são de todo o meu forte – mas sim o seu visual fantástico. A interface do jogo é lindíssima e até o próprio tabuleiro tem umas animações extremamente bem executadas e interativas. Tudo está feito de forma a facilitar o jogador, para que este consiga entender tudo o que se passa com muito mais facilidade. Os efeitos sonoros também são muito bons, mas devo confessar que descarreguei a versão brasileira e é de fato hilariante por vezes ouvir um “Toma isso Porco” quando atacamos um Lacaio inimigo. Não sou grande fã de traduções e neste jogo continuei a manter a minha opinião relativamente a elas.

Se ficaram interessados ou com alguma dúvida relativamente ao modo de jogo, basta acederem ao site oficial que contém toda a informação necessária para se convencerem a jogar 😉 Aviso-vos, é altamente viciante!

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