Inside Gaming: A espera está quase a terminar! Antevisão de «Watch Dogs»
Amanhã, dia 27 de maio, é o dia da chegada ao mercado (oficialmente, porque já andam por aí umas versões pirata marotas, mas isso não nos interessa nada), de um dos videojogos mais aguardados do ano: Watch Dogs.
Desde o seu anúncio da E3 de 2012, o hype à volta deste título não parou de crescer. A Ubisoft não esperava uma expectativa tão grande por parte do público e o ano passado viram-se mesmo obrigados a adiar a data de lançamento. Este adiamento de novembro de 2013 para este mês deveu-se à vontade da Ubisoft em apresentar um produto final com qualidade onde todos os detalhes estivessem resolvidos, proporcionando desta forma uma experiência de jogo memorável ao jogador. Meses depois, e após queixas nos trailers que iam saindo que evidenciavam uma perda de qualidade gráfica em relação aquilo que inicialmente tinha sido apresentado, chegou finalmente a hora de podermos tirar conclusões por nós próprios experimentando de facto o jogo. Bem, vocês pelo menos, pois eu nem tão cedo vou ter disponíveis os fundos monetários para adquirir este título. Portanto, em vez de na próxima semana fazer uma review normal, vamo-nos ficar por esta antevisão e quem sabe se daqui a uns meses (melhor dos cenários!) não vos conto o que achei da minha experiência de jogo.
Vou começar pelo que toda a gente interessada no jogo já deve saber a esta hora: a história. O enredo passa-se em Chicago num futuro próximo e vestimos a pele de Aiden Pierce. Aiden é um hacker que, munido do seu casaco mega estiloso e do seu telemóvel de sonho, hackeia o sistema CtOS – o sistema central utilizado para controlar a cidade. O jogador consegue assim controlar desde sinais de trânsito a veículos e até a reunir informações sobre os restantes habitantes da cidade. Enquanto Aiden procura respostas para a morte da sua sobrinha, ocorrida 11 meses antes da história do jogo, o jogador pode percorrer livremente o mapa da cidade. É provavelmente aqui que reside o principal motivo da comparação quase inevitável entre Watch Dogs e GTA V. Apesar de o tipo de história ser completamente diferente, não dá para não comparar o detalhe gráfico de Los Santos e de Chicago e, pelo que tenho lido, parece que neste campo o prémio ainda pertence ao gigante da Rockstar.
Aiden, o justiceiro outrora ladrão, além da sua principal arma – e a mais poderosa – o seu telemóvel, está munido de um bastão modificado e de uma elevada perícia com armas de fogo. Entre as habilidades está também uma elevada agilidade e parkour realizado com uma certa facilidade (um cheirinho a Assassin’s Creed talvez?). Estão ainda à disponibilidade do jogador diversos veículos – como é de esperar num jogo deste género – e várias missões principais e secundárias para nos entreterem durante umas boas horas. Está também disponível um modo multiplayer onde será possível realizar missões co-op ou termos jogadores a entrar na nossa sessão. É sempre possível ignorar os desafios dos jogadores que pretendem entrar na nossa partida mas a recompensa pode ser bem aliciante.
Uma das queixas que mais tenho lido por esta internet fora é o facto de a categoria gráfica estar bastante abaixo do esperado – como já referi acima. Ora, na minha modesta opinião, os gráficos são, sem sombra de dúvida, um dos aspetos menos importantes num videojogo – não fosse eu fã de títulos indie onde a qualidade gráfica fica para segundo plano. Apesar de não concordar com este tipo de queixas de certa forma até é percetível o porquê disso acontecer. A Ubisoft chegou à E3 com um jogo absolutamente lindo, onde até a chuva a escorrer pelos carros espantava. Na apresentação na Gamescom, também em 2013, já se ouviam uns rumores sobre o jogo não estar com o mesmo aspeto. Entretanto foi tudo adiado para continuar a melhorar este título, o que elevou ainda mais as expetativas dos jogadores, então algo abaixo da perfeição acaba por ser mal recebido. Pessoalmente, o que acaba por me causar um maior espanto são as imensas versões que é possível adquirir, e os DLC’s já anunciados. E porquê? Bem, o jogo está a sair agora, porque não colocar o conteúdo dos DLC’s na história principal?Pois…Dinheiro. Adiante, podem verificar nesta tabela (cliquem para aumentar) a quantidade absurda de versões existentes.
No entanto é inegável que Watch Dogs pode muito bem vir a mudar a forma como interagimos com os títulos em open-world. O nível de detalhe pode não ser visto graficamente mas sim na forma como mudamos e brincamos com todo o ambiente que nos rodeia. Deverá também ser interessante assistir ao moralismo de Aiden que se declara contra este sistema de vigilância e, no entanto, o utiliza para seu proveito e para vigiar terceiros. Watch Dogs é certamente um dos candidatos a jogo do ano e há até quem já afirme que será um concorrente digno para GTA V. Resta esperar por amanhã quando qualquer comum dos mortais poderá colocar as suas mãos neste título tão aguardado 😉