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Entrevista – ZERO: «A Cultura nunca foi muito apoiada»
Damos início ao nosso mês de aniversário com mais uma entrevista exclusiva, sempre com o objetivo de dar a conhecer novos talentos nacionais, e não só. Desta vez, trazemos até aos nossos leitores o projeto musical ZERO, liderado por Pedro Vaz, e que poderá conhecer de seguida.
Para quem não conhece, o que é o projeto ZERO?
O projecto ZERO nasceu por causa da pandemia e pelo facto de estar fechado em casa sem poder trabalhar e estar com os que mais gosto.
Já se encontra disponível o single Gritar. Como surgiu o processo criativo para este single?
O Gritar foi a primeira canção a surgir e o tiro de partida para este projeto . Componho diariamente e quando o País e o Mundo fecharam pela primeira vez senti uma impotência muito grande pelo facto de não poder fazer nada para alterar o facto de estar fechado e não poder trabalhar nem estar com os meus familiares, em particular com os meus pais.
Como tem sido a receção do público a este lançamento?
A receção tem sido muito boa! O Rock é sempre um estilo “maldito” mas aos poucos chegamos às pessoas.
Que géneros musicais marcam em especial este projeto?
O projecto ZERO é mesmo Rock.
Como surgiu a ideia de lançar o projeto em plena pandemia?
Este é um projeto fruto da pandemia. Só fazia sentido pô-lo cá fora enquadrado no panorama que vivemos
Será esta uma forma de “Gritar” e alertar também para o estado em que a Cultura se encontra neste momento?
Também um pouco isso! Realmente a Cultura nunca foi muito apoiada mas agora neste contexto sentimo-nos todos abandonados.
O que podem os fãs esperar do EP de estreia deste projeto?
Podem esperar um projecto Rock , muito honesto.
Da música para a televisão, acompanham algum programa em particular?
vejo muito pouca televisão. Hoje em dia só Netflix e HBO. e um noticiário por dia pois estão sempre a repetir as mesmas coisas e por regra só desgraças.
Acredita que a música devia ter um maior destaque no panorama televisivo?
Claro, mas sou suspeito nessa opinião.
Que conselhos pode deixar a quem se pretende dedicar ao mundo da música, mesmo em tempos de incerteza e de pandemia?
Não diria um conselho mas acho que na música ou em qualquer outra arte ou oficio tem de se gostar muito do que se faz para abraçar uma vida inteira a fazer isso.