Só Séries: Salvar vidas a um ritmo frenético em «Code Black»

Durante 15 anos, a série E.R. dominou o panorama televisivo no que toca às séries dramáticas. Veio depois Grey’s Anatomy, que obteve ainda mais sucesso e cujas primeiras temporadas conquistaram milhões de fãs. Eis que estreia agora Code Black, um drama intenso que vos vai fazer ficar agarrados à cadeira até ao último minuto.

A ação de Code Black, a nova série do canal CBS, desenrola-se no hospital fictício Angels Memorial e é focada num grupo de quatro novos residentes e os seus respetivo orientadores, que recorrem até à última opção para salvar as vidas dos seus pacientes, naquele que é um dos serviços de emergência do país mais movimentados. Contudo, está mal equipado para as centenas de pessoas que recebe todos os dias e o nome da série – Code Black (Código Preto) – é o código utilizado para indicar quando a capacidade de utentes ultrapassou em larga escala os recursos da sala de emergência.

A história em si é algo complexa e não é o típico drama médico que Grey’s Anatomy nos habituou. Raramente vimos aquelas personagens fora do hospital e a sua história é contada através dos vários momentos de aflição que os médicos passam no seu dia-a-dia. O importante ali é salvar vidas e tentar ao máximo que a vida pessoal não interfira no trabalho. E nesse aspeto a série tem feito um trabalho excelente e o roteiro está escrito de uma forma cativante, respondendo a cada pergunta no seu devido tempo, mostrando sempre na altura exata a personalidade e história de cada um dos médicos.

Code Black ©CBS
©CBS

O elenco de Code Black parece ter sido escolhido a dedo, quase todos os atores já são conhecidos do público e a química entre eles é inegável. Não são as típicas caras bonitas que se vê nas novas séries dramáticas do género e trazem imensa qualidade à série.
Marcia Gay Harden (Dr.ª. Leanne Rorish) e Luis Guzmán (Jesse Sallander) são na minha opinião o motor do elenco e são eles que fazem com que cada cena resulte na perfeição. Conhecidos como Daddy e Mamma, respetivamente, grande parte do teor emocional da série é provocado pelas suas ações com os outros elementos.

A nível de realização tenho que elogiar a forma como decidiram filmar a série, pois nas cenas de maior movimento, a câmara está livre aumentando ainda mais a sensação de caos. Infelizmente, por vezes torna-se complicado perceber os diálogos devido a todo o barulho que está a acontecer no local, o que exige uma maior atenção do espectador.

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Code Black (pode visitar a página oficial aqui) aproxima-se muito mais de E.R. do que de Grey’s Anatomy e foi uma lufada de ar fresco para quem gosta de dramas médicos, sem que tudo gire à volta de quem anda a dormir com quem. É uma representação dura e realista de muitos serviços de emergência espalhados por esse mundo fora, que por muitas vezes não têm as condições necessárias para estarem abertos, e dos seus médicos, que se dedicam ao máximo para fazer aquilo que foram ensinados: salvar vidas. A não perder…

 

[checklist]Pontos Positivos

  • História Complexa
  • Elenco excelente
  • Um drama duro e realista

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[badlist]Pontos Negativos

  • Muitas vezes não se percebem os diálogos
  • Por vezes a ação não permite desenvolver o contexto das personagens

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Inês Calhias

Licenciada em Ciências da Comunicação pela Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve, desde cedo adquiri um enorme interesse por séries. Tento ver um pouco de tudo e apresentar aqui no Quinto Canal o que se passa no panorama televisivo.

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