Iniciou o seu percurso como pivô na SIC, ficando marcada como o primeiro rosto das estações privadas depois de abrir as emissões do terceiro canal, corria o dia 6 de outubro de 1992. Passou por todos os espaços informativos do canal até 2001, ano em que se mudou para a estação pública. Ali iniciou um novo espaço informativo no nosso país – o Bom Dia Portugal.
Em entrevista à revista Notícias TV desta semana, a jornalista explicou muitos assuntos relacionados com a atualidade, incluindo o estado da televisão, as audiências e a informação da estação pública. Para começar explicou o processo de mudança de que foi alvo quando decidiu abandonar a SIC para se mudar para a RTP. «Acreditei num projeto e nas pessoas que vieram comigo. A SIC estava a passar por um período dificil e eu estava triste com o que se estava a passar. Não foi fácil adaptar-me, foram precisos alguns anos. Foi um caminho que resultou saboroso.», contou a jornalista.
Faz, desde o inicio, parte da informação RTP e garante que as diferenças com a informação dos privados não é tão grande como algumas pessoas possam pensar. «Hoje a informação está muito próxima, os alinhamentos são muito parecidos, a forma como se trata a agenda também. Há uma maior uniformização da informação televisiva.», afirma.
Houve ainda tempo para debater as audiências que tanto têm dado que falar neste ano. Surpreendentemente, ou não, a jornalista mostra-se indiferente aos resultados audiométricos tanto dos seus programas como de todos os outros exibidos e produzidos em Portugal. Recorde-se que o primeiro canal foi dos que mais caiu depois de as audiências passarem a ser medidas pela GFK. «Posso ser politicamente incorreta, mas não estou nada preocupada com as audiências. Nunca me preocupei, pode ser defeito meu, mas não penso nem por um segundo para quantas pessoas estou a falar. Tento fazer o meu trabalho com a maior entrega possível, independentemente se estão milhares ou centenas a ver. Na RTP acho que não é muito importante. O mais importante é fazermos serviço público.».
