Reportagem Especial: Floribella

Uma das produções televisivas que certamente marcou uma geração comemora este ano 10 anos. Trata-se de Floribella, um tremendo sucesso da SIC e que fez as delícias de miúdos e graúdos.

Foi em 2006 que estreou no pequeno ecrã, sendo uma aposta arriscada da SIC. Sem uma tradição em novelas portuguesas, o canal de Carnaxide decidiu apostar no público infanto-juvenil em horário nobre para tentar fazer frente à TVI, que já produzia ficção nacional desde 1999.

Apesar de desde 2001 ter tido sempre uma produção portuguesa no ar, algumas revelaram-se tremendos fracassos, acabando nas madrugadas do canal. Com Floribella foi diferente e toda a programação do canal viria a sofrer do fenómeno mais tarde.

Banda da Floribella
Rodrigo Saraiva, Ana Cloe, Luciana Abreu, Marco Medeiros e Raquel Guerra

Apostando na novata Luciana Abreu para o papel principal, Floribella trouxe ao seu público uma versão moderna da Cinderela, onde a realização dos sonhos da protagonista e a procura pelo seu Príncipe Encantado davam o mote à trama.

Conquistando rapidamente o público e a audiência, a SIC fez de Floribella a sua ‘galinha dos ovos de ouro’ e em tudo o que era formato da estação existia um espaço dedicado à novela. Destinada aos mais novos e tendo uma componente musical forte, foram abertos espaços nos programas matinal e da tarde onde o público poderia cantar os temas da personagem de Luciana Abreu, Flor, e falar sobre a história que os encantava.

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Tendo como protagonistas Luciana Abreu, Diogo Amaral, Susana Mendes e Mafalda Vilhena, a novela rapidamente saltou do ecrã para fora dele. O sucesso era tal que se tornou praticamente impossível não ver alguns dos vários produtos de merchandising por onde se passasse. CD’s, DVD’s, acessórios de moda, microfones, máquinas de karaoke, doces, perfume e outros artigos de cosmética, revistas e roupa foram alguns dos produtos lançados pela SIC e que deram à estação lucros nunca antes alcançados.

Concertos em vários pontos do país, peça de teatro musical e programa especial de fim de ano foram outras das apostas da estação envolvendo a novela.

Luciana Abreu Diogo AmaralLuciana Abreu Ricardo Pereira

Com uma primeira temporada de sucesso a SIC rapidamente garantiu a segunda e um mês depois do final da primeira parte da história iniciou-se a segunda fase. Já sem Diogo Amaral no papel de Príncipe, a temporada sofreu com a mudança de horário para as 19h00 e a concorrência de Morangos com Açúcar, que estavam mais fortes do que nunca. Ricardo Pereira assumiu o lugar do protagonista mas nunca conquistou o público enquanto Conde Máximo, que preferia ver Flor com Frederico Fritzenwalden, morto no final da primeira temporada.

Com as sucessivas derrotas e com a força da novela a perder-se de dia para dia nos finais de tarde, a SIC acabou por mudar a trama de horário, exibindo-a às 9h00, antes do programa Fátima.

De uma novela de sucesso, que lançou a SIC para o sucesso na produção de ficção nacional, Floribella acabou desgastada, sem glória e grande interesse tanto para o público como para a estação.

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