Marc Oggier and Julia Regnery working on the sea ice, MOSAiC Leg1, 9 October 2019, Marcel Nicolaus

«Expedição ao Ártico: Um Ano no Gelo» estreia no Odisseia

Depois de terem sido divulgados os resultados preliminares da maior e mais importante expedição científica jamais enviada ao Pólo Norte, o Odisseia estreia em exclusivo em Portugal Expedição ao Ártico: Um Ano no Gelo.


Este é um relato imprescindível e alarmante do impacto das alterações climáticas na região e em todo o mundo, para ver a 30 de outubro às 16 horas. Após 10 anos de planificação, uma equipa internacional de 300 cientistas de 20 países embarcou no quebra-gelo alemão Polarstern para recolher os dados necessários para compreender pela primeira vez como é que esta paisagem dinâmica e enigmática regula as temperaturas e o clima em todo o planeta. Expedição ao Ártico: Um Ano no gelo é uma co-produção Odisseia e retrata o resultado da investigação desenvolvida num dos ambientes mais duros do planeta, e mais afastados da civilização do que a Estação Espacial Internacional, acompanhando durante um ano, os desafios que enfrenta a expedição MOSAiC, na sua busca de respostas no gelo marinho, no oceano e na atmosfera.

“No último ano expandimos os limites do que é possível em termos de exploração do Ártico, quebrando vários recordes. Redefinimos a paisagem para o futuro da pesquisa no Ártico. Conseguimos bastante e parece-me justo dizer que a expedição constitui, e continuará a representar por muito tempo, um patamar histórico na pesquisa polar. Voltámos com um tesouro de dados e amostras que mudarão para sempre a pesquisa do clima.”, refere Marcus Rex, cientista e líder da expedição MOSAIC. Os preciosos dados da expedição MOSAIC demorarão alguns anos a serem integralmente processados, mas a constatação mais imediata da missão foi o degelo no Ártico, os cientistas descobriram que a espessura da calota polar está ainda menor do que se pensava e isso afeta até as estações do ano — o verão no ártico começa antes e dura mais.

O Ártico está a aquecer mais depressa do que qualquer outro local do planeta e, no verão, o gelo marinho cobre apenas metade da superfície que ocupava há 40 anos. Um Ártico sem gelo teria consequências desastrosas para o resto do planeta, ao provocar a subida do nível do mar, tempestades catastróficas e ao alterar o nosso clima, com ondas extremas de calor e de frio. Para os cientistas o ponto crítico para o aquecimento global irreversível pode já ter sido ultrapassado e com ele as previsíveis consequências em cascata para o planeta.


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