Inside Gaming: «Evoland»

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Tal como na semana passada, hoje trago-vos um título que é mais uma prova que para um jogo ser verdadeiramente bom não necessita de grandes gráficos ou de orçamentos milionários. Evoland é mais um jogo Indie que prova que no mercado paralelo ao das grandes empresas podemos encontrar verdadeiras pérolas.

Publicado em Abril deste ano, Evoland propõe-se sobretudo a contar-nos uma história, a dos videojogos, da constante evolução que estes têm vindo a atravessar. Usando referências de jogos de ação e aventura que marcaram as vidas de muitos de nós – as mais notórias são sem dúvida The Legend of Zelda, Pókemon e Final Fantasy – vamos explorando cenários constituídos apenas por pixéis, relembrando as aventuras dos primeiros RPG (role playing games, onde vamos evoluindo uma personagem), até ambientes 3D mais actuais. Apesar de o conceito de ao longo do jogo ir desbloqueando novas opções não ser único (em Março saiu para o mercado o jogo DLC Quest que pega neste mesmo conceito), Evoland tem ainda como objectivo apelar ao saudosismo de cada um de nós, sendo assim o seu público-alvo os jogadores da época de finais dos anos 80/90. E é aqui que percebemos que este jogo não se limitou a copiar os restantes, mas sim a inspirar-se neles e admito que fizeram um trabalho muito bom.

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O conceito para Evoland surgiu a partir da participação da equipa de desenvolvedores – Shiro Games – na competição Ludum Dare, uma espécie de concurso por improviso, onde as equipas têm de criar o melhor jogo possível em 48 horas. O jogo por eles criado valeu-lhes o primeiro prémio entre os 1400 participantes e foi assim a rampa de lançamento para este jogo, que com Evoland Classic conseguiu arranjar imediatamente uma comunidade de fãs. Os mais curiosos poderão abrir o vosso apetite experimentando esta versão gratuita disponível na página oficial do jogo aqui.

No início do jogo a primeira coisa a fazer é desbloquear os movimentos, a música e combate básico. Para o fazer, dispomos de baús espalhados pelos cenários (que remetem em muito para The Legendo f Zelda, incluindo a personagem). As mudanças gráficas são talvez aquelas que mais surpreendem pois, num único jogo, conseguimo-nos lembrar de outros tantos com aquele tipo de gráficos que nos marcou. Iniciamos com um mundo pixelizado e monocromático que remete para os gráficos do primeiro Game Boy, eventualmente adicionamos cor, mais tarde gráficos 8-bit, depois para 16-bit. Vamos ainda adicionando detalhes e texturas, até abandonarmos os pixéis e entrarmos num mundo 2D e posteriormente 3D com texturas em HD. As músicas e efeitos sonoros vão também passando por esta evolução, assim como os modos de jogos. Um dos pontos que mais me desiludiu em termos de evolução foi do sistema combate – baseado no de Pókemon – que podia ter sofrido mais alterações em vez de assentar apenas um único modo. No entanto, existem imensos inimigos e zonas para explorar. Além de diversas batalhas com bosses e monstros que vamos encontrando pelo caminho, há ainda alguns elementos de puzzle, mas não são propriamente complicados.

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Apesar de ser um jogo simples e com uma história já habitual (salvar o mundo do mau da fita), Evoland acaba por ser um jogo que vale o dinheiro que gastamos (cerca de 10€), pois apesar da sua curta duração – não mais do que 4h de jogo – serve para relembrar as fases iniciais dos videojogos, em que pouco mais do que uns quadrados num ecrã serviam para nos deixar colados a ele durante horas.

Curiosos com este título? Quais os jogos da vossa infância que mais saudades têm de jogar?

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