A série sensação do momento da Netflix continua a conquistar fãs diariamente e resultado disso foi a sua renovação. Mas porque é que Stranger Things está a ter tanto sucesso?
O trailer de Stranger Things apresentava uma premissa interessante, não só pela misteriosa história mas também por ter o carimbo da Netflix. Sabiam que o roteiro da série foi rejeitado por cerca de quinze produtoras e canais antes de receber a luz verde para ser exibida nesta plataforma de streaming? Acredito que as altas patentes que rejeitaram este projeto estejam agora a analisar a fundo os lucros que poderiam ter tido. Eis então cinco motivos que explicar o sucesso desta série:
1 – O elenco
O elenco principal é composto por um grupo de jovens atores o que já por si é um risco enorme. Mas o talento natural destes jovens e a química entre eles ajudaram imenso à dinâmica da série. Finn Wolfhard (Mike), Millie Bobby Brown (Eleven), Gaten Matarazzo (Dustin), Caleb McLaughlin (Lucas) e até mesmo Noah Schnapp (Will) interpretam de forma brilhante os jovens de 12 anos, apaixonados por ciência e jogos de tabuleiro. Foi também interessante rever Winona Ryder, que acrescentou imensa qualidade à trama e que teve nas suas costas o peso de grande parte da componente emocional da série.
2 – A história
Apesar de ter apenas oito episódios, a história de Stranger Things está muito bem concebida. Mantendo sempre aquele tom misterioso, aludindo para uma conspiração governamental, a história soube dar igual importância a todas as personagens. Não só aos pequenos jovens que lidavam com o desaparecimento de um dos melhores amigos e o aparecimento de uma estranha rapariga com poderes, mas também aos seus familiares que passavam pelas suas próprias crises pessoais. Matt e Ross Duffer, criadores da série e responsáveis pelo roteiro, souberam cativar o público e manter a coerência da história. Stranger Things teve momentos cómicos, emocionantes e assustadores, sem nunca aparecerem descontextualizados ou em demasia.
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3 – Os cenários e caracterização
Sendo uma série de ficção científica, foi necessário obviamente recorrer ao ecrã verde e a alguns efeitos computadorizados. É contudo de louvar a persistência dos produtores em apresentar o máximo de cenários reais. Especialmente porque a história da série se localizava nos anos 80, numa pequena localidade do estado de Indiana. Os cenários estão muito bem conseguidos e toda a atmosfera da época está presente nos adereços, penteados, diálogos e posturas.
4 – Realização
Existe uma beleza artística associada a esta série que é em muito devida à excelente realização da série. Stranger Things é uma composição de planos excelentes que em muito ajudaram a manter a expectativa nas cenas mais assustadoras. Os close-ups foram sempre oportunos e brilhantes e toda a composição das cenas foi uma excelente harmonia. Nem sempre se dá o devido valor à pessoa por detrás da câmara, mas nesta série é de louvar a visão de quem se inspirou em outros realizadores (Steven Spielberg, John Carpenter, Stephen King, e até mesmo George Lucas) e criou uma bonita homenagem aos seus trabalhos.
5 – Banda sonora
Considerando que a história ocorre no início dos anos 80 era previsível que a banda sonora fosse alusiva ao mesmo tema, proporcionando várias homenagens a artistas da época. Além disso, Michael Stein e Kyle Dixon (do grupo eletrónico S U R V I V E e responsáveis pela banda sonora de Stranger Things) criaram vários trechos musicais com um sintetizador, inspirando-se em artistas como Jean Michel-Jarre, Tangerine Dream, Vangelis, Goblin, John Carpenter, Giorgio Moroder e Fabio Frizzi.
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A série foi renovada recentemente para uma segunda temporada e terá nove episódios. Já viram Stranger Things? De 0 a 10, quanto avaliam esta série?
