Se até agora apenas Game of Thrones se mostrava como uma série “demasiado épica” para ser vista no pequeno ecrã de televisão, a verdade é que Into the Badlands, do canal AMC, veio comprovar a tendência dos canais de criar superproduções televisivas.
O Quinto Canal teve a sorte de ver em primeira mão o primeiro episódio da segunda temporada numa sala de cinema e a experiência é simplesmente incomparável. O ecrã de televisão (ou computador) não faz justiça à grandiosidade da série (a não ser que tenham um grande ecrã 4K), o que tira boa parte da experiência de ver Into the Badlands. Vários são os canais que começam a apostar na produção desta séries épicas, inspirados pelo tremendo sucesso de Game of Thrones. Mas esta série tem a sua própria fórmula e o canal HBO está num patamar muito acima. O canal Starz tem conseguido seguir as suas pisadas, com Black Sails e Outlander, e o canal AMC, apesar de ter criado Breaking Bad e The Walking Dead, ainda não tinha investido numa série desta dimensão. O único ponto negativo nestas séries épicas é que devido à enorme quantidade de dinheiro que a produção requer, cada temporada tem uma duração mais curta.
Para os menos atentos, Into the Badlands é uma série de artes marciais “inspirada em Journey To The West, a clássica fábula chinesa”. Num futuro utópico, a civilização tal como a conhecemos já não existe, destruída por catástrofes naturais provocadas pelo Homem. O colapso das nações levou à criação de uma sociedade feudal, governada por sete barões rivais. Em Badlands, os barões controlam os vários recursos naturais essenciais para a sobreviência humana e impõe uma política dura, protegidos principalmente pelos seus assassinos treinados e leais, conhecidos como Clippers. Sunny (Daniel Wu) é o mais temido de Badlands mas a decisão de proteger M.K. (Aramis Knight), que tem poderes extraordinários, vai colocar em causa a sua lealdade ao Barão Quinn (Marton Csokas).
Precisas de mais motivos para ver a série? O Quinto Canal apresenta-te cinco:
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1 – A história
Apesar de se localizar num futuro utópico a verdade é a realidade apresentada não é assim tão impossível. Numa sociedade dominada pelos mais ricos, a opressão feita por estes e o facto de a sobrevivência do mais pobre depender deles, leva a uma lealdade cega e desumana. Sunny tenta libertar-se dessa opressão mas o seu estatuto não lhe permite. A vontade de criar uma família e voltar para casa é praticamente anulada pela responsabilidade de ser um Clipper.
2 – As artes marciais
Quando se fala de Into the Badlands é impossível não associar imediatamente a série a lutas. As coreografias estão simplesmente brutais e existem cenas de lutas muito épicas na primeira temporada. E pelo que vimos até agora, a tendência é para continuar.
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3 – Os cenários
Indo de encontro às grande superproduções atuais, os vários cenários de Into the Badlands são reais. Por muitas poucas vezes, ou quase nenhumas, houve recurso a cenários digitais. Além de dar um ar mais verídico às cenas, dá um outro estatuto à série. Apesar de isso significar a necessidade um maior financiamento, a verdade é que não seria a mesma coisa ver a série em cenários digitais.
4 – A realização
A combinação dos cenários com as várias cenas de luta não teria o mesmo impacto se a realização não tivesse a mesma qualidade. A genialidade de quem está por detrás da câmara nota-se desde o primeiro minuto, sejam nos planos em pormenor, ou a sequência de planos, ou até mesmo planos abertos.
5 – A banda sonora
Uma série épica só poderia ter uma banda sonora à sua altura. Seja nas cenas mais calmas, apresentando um tom mais suave, ou nas cenas de ação, em que se consegue sentir a adrenalina da cena pelos ritmos intensos, a banda sonora pouco tem deixado a desejar. E visto numa sala de cinema o impacto é ainda maior acreditem.
A segunda temporada de Into the Badlands estreia dia 23 de Março às 22h10 no canal AMC. Não percas, o ator português Ivo Canelas vai ter um papel ainda misterioso nesta nova temporada 😉
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