Memórias da TV: O inesquecível e único «Big Brother»

Esta semana no regresso das Memórias da TV viajamos até ao início do milénio, quando Portugal parou para assistir à primeira edição do mítico Big Brother. Recorda-se?

2000. O ano que a TVI e ninguém esquecerá, marcando o início da era dos reality-shows em Portugal, tudo graças ao inesquecível e único Big Brother. De forma a conquistar a liderança das audiências, o canal decidiu arriscar apostando num formato adaptado onde vários concorrentes estariam fechados numa casa sem qualquer contacto com o exterior durante 120 dias, com eliminações a acontecerem semanalmente até restarem apenas três finalistas na grande final. Mas será que valeria a pena correr esse risco?

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Definitivamente que sim. Com todas as edições conduzidas por Teresa Guilherme, a primeira edição do Big Brother foi um fenómeno de audiências, com a sua final a 31 de dezembro de 2000 a atingir 23,9% de rating e um share de 76,7%, o maior share alguma vez conquistado entre os canais generalistas. Por incrível que parece, este não foi o único resultado explosivo que a estreia do Big Brother em Portugal conquistada. Foram vários os dias em que, entre os 120 de duração do programa, a TVI registava shares diários na casa dos 40%, com o famoso episódio da agressão de Marco a conquistar 67,1% de share. O vencedor da primeira edição foi o Zé Maria.

Com apenas 1 mês de exibição as galas semanais também já atingiam valores na casa dos 60% de share, algo nunca conseguido pelo canal no passado. Curiosamente, antes de a TVI ter apostado no formato, o mesmo tinha sido apresentado inicialmente à SIC, tendo sido recusado pelo facto de não ser na época a cara do canal.

Como seria de esperar, todo este sucesso deu origem a que nos anos seguintes se realizassem mais sete edições do programa, entre temporadas com concorrentes anónimos e com famosos também. Só em 2001, logo em janeiro, decorreu a segunda edição, e no final desse mesmo ano a terceira temporada, todas elas com valores expressivos nas audiências.

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Contudo, os tempos mudam, e a forma de ver televisão também. As audiências já não são as mesmas de outra, havendo uma maior diversidade de programas, o que fez com que o desinteresse por este tipo de formato acontecesse com o tempo. Recordamos que em 2016 decorreu a sexta temporada da Casa dos Segredos, considerada uma espécie de spin-off do Big Brother, e registou audiências no limiar de um milhão de teleespetadores por semana, raramente ultrapassando os 30% de share.

No que toca ao Big Brother em si, a última edição transmitida pela TVI foi em 2013, numa versão com famosos registando na grande final um total de 18% de rating e 40% de share.

André Kanas

http://www.facebook.com/andrekanas

Diretor, Redator e Gestor de conteúdos das redes sociais do QC | Responsável pelas coberturas musicais e televisivas do QC | Integrou o QC em 2013, dado o seu gosto pelo mundo televisivo e não só, sendo que já navega e escreve no universo de blogues e sites de entretenimento desde 2007.

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