Jornalista despedido por suposto comentário ofensivo a uma deputada

MSNBC

Depois de vários dias de polémica, o canal norte-americano MSNBC acabou por forçar o jornalista Martin Bashir a demitir-se esta sexta feira, após uma longa reunião, pelo facto de ter feito um comentário considerado insultuoso à deputada e ex-governadora republicana do Alasca, Sarah Palin.

Em causa estão as declarações que a deputada fez num discurso, afirmando que devido à dívida que a América tem perante a China, fará com que as gerações futuras americanas sejam “escravas” dos chineses.

Após estas declarações, Martin Bashir decidiu comentar tal afirmação no espaço de comentários Clear the Air, no seu programa Nightline, dizendo que Sarah seria “idiota” e “ignorante” por ter falado em escravatura, defendendo-se depois através da sua teoria, mostrando o que realmente era a escravatura, dando a entender que a deputada estava errada perante as palavras usadas.

Claro que tais comentários de Bashir não agradaram à comunidade republicana, e nem mesmo o pedido de desculpas a Sarah Palin em direto no mesmo programa resolveram a polémica. Vários sectores republicanos fizeram mostrar o seu poder e a sua indignação, criticando fortemente e cada vez mais o trabalho do jornalista.

Três semanas após o sucedido, Martin Bashir apresentou a sua demissão, dizendo apenas que a partir de agora espera que os seus colegas nesta estação de televisão tão especial possam focar-se nos assuntos importantes sem o factor de distração dos seus comentários.

Este é apenas mais um de muitos exemplos que demonstram o poder da política sobre os media e os órgãos de comunicação.

Aqui fica o vídeo, em inglês, com os comentários feito pelo jornalista da MSNBC.

André Kanas

http://www.facebook.com/andrekanas

Diretor, Redator e Gestor de conteúdos das redes sociais do QC | Responsável pelas coberturas musicais e televisivas do QC | Integrou o QC em 2013, dado o seu gosto pelo mundo televisivo e não só, sendo que já navega e escreve no universo de blogues e sites de entretenimento desde 2007.

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