Entrevista a Alberto da Ponte, presidente da Sociedade Central de Cervejas.

As declarações feitas pelo presidente da RTP, à Notícias TV, estão a causar polémica junto da Comissão de Trabalhadores da empresa pública. No entanto, em outubro passado, aquando da sua ida ao parlamento, Alberto da Ponte disse o mesmo e… passou despercebido.

“Há gente na RTP que não faz puto”. Foram estas as palavras que causaram grande incómodo junto da Comissão de Trabalhadores da Rádio e Televisão de Portugal. A capa da última edição da Notícias TV, apresentada no Facebook na tarde de quinta-feira, já fazia prevêr uma entrevista controversa. Foram abordados alguns dos assuntos mais polémicos da estação pública de rádio e televisão, entre eles: o desempenho dos trabalhadores, a demissão de Nuno Santos, a venda dos diretos de transmissão de jogos do Mundial deste ano às privadas e as várias posições do presidente que estão longe de agradar aos funcionários.

Segundo informações avançadas pela comunicação social foi convocada para a tarde de sexta-feira uma reunião extraordinária da CT para avaliar as declarações. Mais tarde, num comunicado, a mesma Comissão fez saber que as palavras proferidas pelo nome máximo do conselho da administração são “lamentáveis”, referindo também que “depois de dizer que a RTP precisa de sossego e de não estar permanentemente nas páginas dos jornais, encarrega-se ele próprio de o fazer, numa estratégia que apenas revela sede de protagonismo mas que utiliza uma estratégia de comunicação ultrapassada e trauliteira de muito mau gosto”.

No entanto, tais afirmações que causaram toda esta maré de indignação não são novas. Em outubro de 2013, Alberto da Ponte ia ao parlamento esclarecer os deputados sobre o novo contrato de serviço de rádio e televisão e acabou por fazer, também nessa altura, declarações polémicas que passaram ao lado da comunicação social e da Comissão de Trabalhadores. Tal como noticiado na versão em papel do Público, de dia 24 de outubro de 2013, o presidente da RTP disse estar em andamento uma avaliação interna para perceber onde há excedentes de profissionais e falta deles. Foi logo depois direto ao assunto: “Nem todos são iguais: há alguns que se esforçam e outros que não fazem nada e é esses que tenho de questionar”.

O conteúdo das afirmação não é novo mas só agora está a dar que falar. Pela voz da comissão, os trabalhadores da RTP já mostraram ter vergonha do sucedido. Uma vez mais a forma como se comunica é crucial. As palavras são poderosas e fazem a diferença. A forma como são passadas e, posteriormente, publicadas podem merecer diferentes destaques. Exemplo disso mesmo é a duplicadade das afirmações. Apenas numa das ocasiões criaram o efeito de reação no leitor devido à forma como foram tornadas públicas. Uma grande entrevista, numa revista de destaque da área e em primeira página. Factos que fizeram a diferença. Apesar de tudo isto, a verdade é que Alberto da Ponte referiu o mesmo facto numa ocasião anterior e todos lhe fecharam os olhos… e os ouvidos.

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1 Comment

  • Então e não terá alguma razã. Vejam esta… Jorge Gabriel ….Apresentador …… Deram-lhe o tacho onde Rui Oliveira e Costa ganhava cerca de 500 € / prograna/ semana …2 000 /mês e Jorge Gabriel acumula o vencimento mais o tacho para defender o seu clube

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