O frio e as condições inóspitas da Patagónia refletem a busca pelo isolamento do protagonista Miguel.
Marcado por uma tragédia, que o tornou um homem solitário e esquivo, ele faz questão de manter-se livre de laços ou amarras até que conhece Lígia, por quem inesperadamente se apaixona. Este é o pontapé de partida de Sete Vidas, novela que tem estreia marcada para o dia 14 de fevereiro, às 18h45, na Globo.
Incapaz de resistir a este amor, Miguel planeia uma viagem sem data de regresso à Antártida, onde pretende refugiar-se da intensidade dos seus sentimentos por Lígia. Nos mares gélidos daquele local, Miguel sofre um acidente e é dado como morto, enquanto Lígia – que sofre ao acreditar ter perdido para sempre o grande amor da sua vida – descobre que está grávida. Ao mesmo tempo, Júlia, uma jovem gerada via inseminação artificial, de posse do número de registo do seu doador anónimo, descobre através da internet que tem um meio-irmão, Pedro. Dispostos a romper o anonimato que envolve a origem de ambos, Pedro e Júlia deixam uma carta na clínica onde foram concebidos. A carta é encaminhada para o doador em questão, e aberta pela sua mulher Lígia, a esta altura supostamente viúva e grávida de um meio-irmão dos dois.
As tramas principais cruzam-se e Júlia, Pedro e Joaquim passam a compor um novo e inusitado núcleo familiar. Aos três irmãos irão somar-se ainda o adolescente Bernardo, os gémeos Laila e Luís e Felipe, jovem argentino, portador de uma doença autoimune. Com backgrounds familiares, culturais e financeiros absolutamente diversos, os sete meio-irmãos – filhos do mesmo doador número 251 – recebem-se na vida um dos outros e formam uma nova família.
De forma não calculada e imprevista, a rede de afeto gerada pelos sete meio-irmãos, irá resgatar Miguel – pai biológico de todos e supostamente morto – de seu patológico isolamento. “Essa mistura humana é extremamente rica. Traz conflitos, possibilidades de laços, afeto, acho que é um tema muito interessante”, enaltece a autora, Lícia Manzo.
