«Hebe»: Globo revela curiosidades da série em semana de estreia

Hebe ( Andrea Beltrão )

Uma trajetória que uniu coragem, força de vontade e carisma. Sem medo de dizer o que pensava e de correr atrás de seus sonhos, Hebe Camargo conquistou o seu espaço e tornou-se num dos símbolos da televisão brasileira.

A história completa será dada a conhecer aos telespetadores residentes em Portugal, com estreia exclusiva no canal Globo no próximo dia 09 de agosto, às 21h10, sendo Hebe composta por um total de dez episódios. A diretora de arte, Luciane Nicolino, encarou o desafio de retratar a passagem não-linear de tempo através dos ambientes em que a apresentadora transitava e de tudo o que fazia parte deles. “Precisávamos remeter o público a determinadas décadas de forma que ele entendesse as épocas em que tudo aconteceu. Fizemos, então, uma tirinha de como era a percepção das cores ao longo dessas décadas para criar uma paleta e um filtro específicos para cada uma delas”, explica Luciane.

Além da paleta de cores e dos filtros criados, as casas em que a apresentadora viveu desde que a sua família mudou-se para São Paulo ajudam a ilustrar as diferentes épocas retratadas em Hebe. Para ambientar os espaços, além de uma infinidade de objetos de antiquários e lojas de aluguer existentes em São Paulo, a equipa teve em mãos um acessório especial: os itens pessoais de Hebe, preservados na sua casa, que agregaram muito à história. “Ela tem um acervo espetacular da vida inteira – todos os prêmios que ganhou, desde a época do rádio, fotos, álbuns, os presentes… Claudio Pessutti, muito generosamente, nos cedeu móveis, roupas, sapatos e vários outros objetos”, revela a diretora. Já alguns cenários de televisão onde Hebe trabalhou, nomeadamente na SBT, Record e Bandeirantes, foram refeitos em teatros, forma como originalmente os programas de TV eram gravados na época.

Andrea Beltrão usou figurinos reais de Hebe Camargo

As equipas de figurino e caracterização também precisavam retratar o avanço do tempo em décadas através das roupas e da maquilhagem usada pela artista. Principalmente para o figurinista Antonio Medeiros e sua equipa, houve um factor de grande importância no processo: o acesso a todas as roupas, sapatos, malas e acessórios reais de Hebe, guardadas até hoje na sua casa do Morumbi. Tudo usado para compor mais de 100 looks desde a década de 1980 até o final da vida da apresentadora: “A grande maioria das peças serviu perfeitamente ao corpo da Andrea Beltrão. Foram raríssimas as vezes em que eu tive que fazer algum ajuste. E como para a fase de 2000 a 2012, em que a Hebe está mais velha, queríamos deixar a Andrea menos moldada e menos escultural, optamos por deixar as roupas exatamente como elas caíam”.

As joias que aparecem na série são réplicas dos modelos originais. “É claro que é impossível ter os tamanhos e as proporções exatas porque é tudo muito grande. O coração de esmeralda que ela usava deve ter uns seis centímetros de diâmetro, todo cravejado de diamantes. Hoje, parece absurdo imaginar uma pessoa usando uma esmeralda assim. Mas a Hebe se dava esses presentes e isso era algo muito particular dela”, sustenta o figurinista. Na maquilhagem, um jogo de cores marca as décadas retratadas na trama: “Muita cor nos anos 60, quando se usava mais verde e azul. Nos anos 50, tons secos com mais delineador. Nos anos 80, aquela loucura: muita maquiagem! A Hebe era muito mais ligada ao cabelo do que à maquiagem; ela tinha muito cabelo e brincava com ele de várias formas”, detalha a caracterizadora Simone Batata. Já na fase final da vida da apresentadora, o objetivo foi justamente deixar alguns aspectos bastante aparentes, como a peruca que Hebe usou quando perdeu cabelo em função da doença que levou a sua morte.

Na série, a apresentadora é vivida por Valentina Herzage, no período de 1943 a 1954, e Andréa Beltrão, entre 1965 a 2012. As atrizes analisaram a figura de Hebe e falaram sobre as referências para interpretá-la. “Muitas coisas pegaram para mim, mas uma das mais difíceis foi o sotaque, que era muito desafiador. Eu tinha poucas referências da Hebe jovem, e eu tinha que trabalhar a fala e a musicalidade. Eu acho que fazer a fase jovem é muito legal porque eu me identifico muito com a curiosidade que ela tinha das coisas. Acho que nunca me diverti tanto em um trabalho quanto nesse”, afirma Valentina. Já Andrea contou que assistia aos programas de Hebe com a avó, mas que só conheceu a história dela quando leu o roteiro. “Eu me apaixonei por ela, pela coragem de ser quem era. Foi muito difícil interpreta-la, mas me senti muito apoiada pela equipe de criação e tudo foi levado para que a gente chagasse a um lugar de interpretação e releitura livre dessa mulher. E juntos conseguimos. Esse trabalho teve essa alegria de conseguir construir uma mulher que era mãe, era filha, era careta e queria ser livre”, disse a atriz.


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André Kanas

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Diretor, Redator e Gestor de conteúdos das redes sociais do QC | Responsável pelas coberturas musicais e televisivas do QC | Integrou o QC em 2013, dado o seu gosto pelo mundo televisivo e não só, sendo que já navega e escreve no universo de blogues e sites de entretenimento desde 2007.

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