Toca a Mexer – a Análise

 

Toca a Mexer estreou hoje, cheio de ritmo, mas sem brilho. Apesar de, no geral, o programa ser uma espécie de Dança Comigo com anónimos, e ter a componente de Peso Pesado através dos resultados na balança, não é algo que marque pela inovação ou que traga uma lufada de ar fresco ao panorama televisivo. Por outras palavras, é algo já visto mas em formatos distintos e canais diferentes.

Ainda assim promete ser uma boa alternativa ao programa da TVI (somente isso). É, de longe, um programa de domingo e com a Casa dos Segredos 3 na concorrência, a SIC deveria ter pensado em algo melhor, ou apostar num outro dia.

Bárbara Guimarães esteve à altura do desafio, a desempenhar o bom trabalho que mostrou em Peso Pesado ou Portugal tem Talento. O júri tem-se portado bem mas pode ser analisado pelo que tenta ter piada, Paulo Futre, a menina bonita dos elogios, Diana Chaves, e o que realmente percebe do assunto, Miguel Abreu.

Rita Ferro Rodrigues tem um trabalho ingrato, aparece de vez em quando, metida a ferros no programa e com intervenções que nada acrescentam. A sua prestação pode vir a melhorar ao longo das próximas emissões mas, para a estreia, ficou-se sem perceber o seu lugar no formato.

Quanto aos concorrentes, os elementos fortes da aposta da SIC, foram apresentados de forma rápida e sem espaço para o público se identificar com eles. As suas histórias de vida podiam render muito mais do que apenas o vídeo de apresentação e ser mais exploradas na gala. Um dos que talvez tenha tido mais destaque foi Fernando, e não devido a problemas com o peso, mas antes por ser marido de Marta Gomes, ex-concorrente de Peso Pesado.

O cenário está bem ao estilo de Ganha num Minuto: escuro e grande demais para um programa familiar. Bárbara Guimarães perde-se num palco enorme – tudo bem que é uma pista de dança, mas o tamanho e a tonalidade não foram as melhores escolhas. Entre cada dança e dependendo do ângulo da câmara, vê-se os rastos no chão, o que lhe retira alguma da elegância pretendida.

Para já e para primeiro programa, Toca a Mexer, não brilhou. Apesar de não prometer muito, as espetativas que se podiam ter quanto à estreia saíram completamente goradas. Esperava-se algo diferente, irreverente e bem mais popular ao melhor estilo de A Tua Cara Não me é Estranha. Claro que ainda pode melhorar, mas pelo menos o impacto da estreia já ninguém o traz de volta.

Era preferível a SIC ter apostado numa nova edição de Peso Pesado, ou até mesmo numa renovada edição do reality que já fez as delícias da casa: Masterplan.

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