“I don’t know who you think you are, /But before the night is through, /I wanna do bad things with you.”
E realmente bad things acontecem a toda a hora nesta série. True Blood chegou, convenceu e continua a reinar no que toca a séries sobre vampiros, afastando-os totalmente daquela aura mágica criada por Twilight e The Vampire Diaries. Prova disso é o regresso para mais uma temporada, cheia de reviravoltas e mistérios por explicar.
Estreada em Setembro de 2008 pelo canal HBO, True Blood é produzido por Alan Ball que se inspirou na saga literária The Southern Vampire Mysteries de Charlaine Harris. Atualmente está em exibição a sua sexta temporada. Sobre a história, nada tenho a referir porque muito provavelmente muitos de vocês já ouviram falar de True Blood e eu própria já a referi anteriormente. Este artigo será exclusivamente sobre o novo episódio que estreou recentemente na América.
Admito que fiquei ansiosa na altura para descobrir como toda a situação do final se ia resolver mas esse entusiasmo foi-se desvanecendo com o (longo) tempo de pausa entre temporadas. Os produtores só apostaram recentemente na promoção da nova temporada, o que se tornou numa estratégia inteligente, uma que vez que sendo cabeça de cartaz da Summer Season não teria muito destaque na Fall Season.
Promoções à parte, o entusiasmo voltou a aparecer com os minutos iniciais do novo episódio e deu lugar a uma enorme desilusão pois a situação foi rapidamente resolvida, dando início a uma série de cenas com algum teor emocional (sem nunca provocar lágrimas pois as atuações não são assim tão convincentes neste patamar), prolongando-se desta forma por todo o episódio. Bill (Stephen Moyer) já não é obviamente a personagem que nós conhecíamos (sendo um dos mistérios que deverá só ser resolvido no final da temporada) e Sookie (Anna Paquin) continua a mesma impulsiva de sempre, tendo perdido claramente o seu amor por Bill. Porquê? Deixem-me dizer que a cena fulcral dos dois envolve não só estas personagens como também uma estaca de madeira! Eric (Alexander Skarsgård) está cada vez mais piegas e já nem Nora (Lucy Griffiths) nem Pam o levam a sério. Pam (Kristin Bauer van Straten), por seu lado, está demasiado ocupada no seu novo romance (alguém se lembra com quem?). Jason (Ryan Kwanten) revoltou-se pela milionésima contra os vampiros e foge dos amigos acabando por arranjar boleia com um desconhecido. Mas este desconhecido não estava ali por acaso. Este é na verdade o meu grande motivo de interesse nesta nova temporada. Warlow (Rutger Hauer) começou a ser mencionado há um tempo atrás e desde então muito se especula sobre esta personagem. Apesar de alguns detalhes serem revelados, muito pouco se fica ainda a conhecer o que acho ótimo pois estou mesmo à espera de uma reviravolta empolgante para mexer o ambiente amoroso que anda a assombrar True Blood.
Sempre com uma boa dose de sexo e humor à mistura, True Blood apresenta um mundo do fantástico bem longe das convenções criadas pelos títulos que já mencionei em cima. Consegue compilar numa América rural todo um leque de criaturas mágicas sem serem demasiado fantasiosas. A própria crueldade e brutalidade de algumas cenas, a não existência de tabus e a capacidade de criar histórias empolgantes são ferramentas que garantem o sucesso de True Blood. Resta acompanhar a série e ver o que está para acontecer, sempre na espectativa que continue a utilizar todas as ferramentas que tem em seu poder para continuar cativante e com sucesso.
