Só Séries: «Ministério do Tempo» e os seus altos e baixos

Na semana em que chega ao fim a primeira temporada, é a altura ideal para que o Só Séries faça um balanço de Ministério do Tempo, a série nacional da RTP.

Embora se soubesse logo desde o início que não seria uma série original mas sim adaptada de uma versão espanhola, muitas expectativas se geraram em torno de Ministério do Tempo, a primeira grande aposta da RTP para este ano no que toca à ficção nacional. Logo desde a sua estreia que deu para ter uma primeira impressão de como seria o desenrolar da primeira temporada (visto que já tinha sido confirmada uma segunda mesmo antes de estrear), mas o melhor foi mesmo esperar pelo último episódio para apresentarmos aqui no Só Séries o nosso balanço sobre a mesma.

De uma forma geral a série é apelativa e tem uma história suficiente interessante para cativar os telespetadores. Sem criar grandes spoilers, o Ministério do Tempo surgiu para garantir que ninguém viaja ao passado para alterar o presente, tendo para isso à sua disposição uma patrulha composta por elementos do passado e presente, e que viajam entre as portas do tempo sempre que existe algum problema. Essa patrulha é composta principalmente por Amélia (Mariana Monteiro), Tiago (Sisley Dias) e Afonso Mendes de Noronha (João Craveiro), aos quais se juntam os seus superiores Irene (Andreia Dinis) e Ernesto (Luís Vicente), todos eles ao comando do Secretário-Geral do Ministério, Salvador Martins (António Capelo).

Durante os 16 episódios da temporada outras tantas personagens bem conhecidas da História portuguesa, tais como Luís de Camões, Fernando Pessoa, Eça de Queirós e Salazar, também marcaram presença, sendo neste elo que incide o grande ponto positivo de Ministério do Tempo: através de uma série que mistura alguma ficção com elementos bastante importantes da História é possível ensinar e ficarmos a conhecer marcos importantes de Portugal dos últimos anos. A química entre o elenco é outro dos elementos positivos, com uma linguagem fluente, não forçada e bastante perceptível para quem está deste lado a assistir.

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A linguagem de época também não foi esquecida e o vestuário associado a cada época histórica também não, assim como a existência de drama q.b. onde não falta o amor e a traição. Contudo, a grande falha da série prende-se mesmo com os efeitos especiais usados em alguns cenários. Com a tecnologia de ponta que cada vez mais é usada em séries e em televisão poderia haver bastante melhoria nalgumas imagens que são apresentadas, onde salta logo à vista que foram utilizados recursos a computadores e não só.

Mesmo assim e tal como já foi dito anteriormente, Ministério do Tempo de uma forma geral cumpriu com o objetivo a que se propôs, e mesmo que não tenha convencido nas audiências, cá estaremos à espera da segunda temporada.

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André Kanas

http://www.facebook.com/andrekanas

Diretor, Redator e Gestor de conteúdos das redes sociais do QC | Responsável pelas coberturas musicais e televisivas do QC | Integrou o QC em 2013, dado o seu gosto pelo mundo televisivo e não só, sendo que já navega e escreve no universo de blogues e sites de entretenimento desde 2007.

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