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Só Séries: «Game of Thrones»
Está de regresso a série mais esperada do ano! Game of Thrones regressou para mais uma temporada, depois de quase um ano de espera.
Esta produção do canal norte-americano HBO já há muito que era aguardada, bem antes da estreia da sua primeira temporada. Baseada na saga literária A Song of Ice and Fire de George R. R. Martin, que teve muito sucesso, muito se especulou da sua proximidade aos livros e temia-se um desastre total, como em muitas outras adaptações literárias. Contudo, o resultado foi muito além do esperado, de tal forma que dois dias após a estreia do seu primeiro episódio já uma nova temporada estava a ser assegurada. Esta surpresa no resultado derivou muito do facto de a série ser exibida num canal pago americano, que limita em muito o seu acesso. É neste contexto que entrou a internet e tudo de bom (e mau) que a mesma tem. Game of Thrones atingiu o topo das séries mais pirateadas em 2012 e foi essa a principal razão do seu sucesso repentino. A possibilidade de uma pessoa conseguir aceder a uma série deste género poucos dias depois da sua exibição tornou muito mais fácil a propagação da influência da série. Tirando algumas exceções, muitas séries americanas só chegam a Portugal passados meses e isso tira todo o interesse das mesmas uma vez que somos bombardeados com spoilers quase diariamente. Além da divulgação dos episódios, a internet proporciona também a promoção da série, que é feita em grande quantidade por todos os seus canais – Facebook, Twitter, Youtube.
Uma vez que pertenço à categoria de fãs que não leu os livros, não me poderei alongar muito nos detalhes da história. Numa visão geral, a série tenta abordar todas as histórias dos livros, em que o enredo principal é a disputa do Iron Throne (Trono de Ferro) da mística terra Westeros, que está dividida em Sete Reinos. No início da série, o trono é ocupado por Robert Baratheon que pede a Eddard Stark, regente do Reino do Norte, para se tornar no Hand of the King (A Mão do Rei). O que ele não esperava encontrar era uma conspiração enorme para tirar Robert do seu trono. A família da rainha, os Lannisters, procuram secretamente uma maneira de chegar ao poder, custe o que custar. Essa vontade é concretizada quando após a morte de Robert, Stark é injustamente acusado de traição e decapitado (coitado do Sean Bean, não consegue passar por uma produção sem morrer). Cria-se então uma enorme instabilidade entre estas três famílias (Baratheon, Lannister e Stark) que vai dar início a uma guerra que se espalha por todo o reino quando as outras famílias (Greyjoy, Tully, Arryn, and Tyrell) procuram chegar também ao trono. Durante isso, surgem duas ameaças distintas: por um lado a exilada Daenerys Targaryen, a última descendente daquela que é a família real por direito, procura também chegar ao Trono de Ferro; por outro lado, no gelo além da Wall (Muralha), a norte, encontra-se uma ameaça misteriosa, contida apenas pela luta desmedida da Night’s Watch (Patrulha da Noite).
O que torna Game of Thrones interessante é sem dúvida a sua variedade de histórias que se interligam para criar a história geral. É uma complexidade enorme, que distingue imenso uma produção sem bases literárias de uma baseada em livros. Existe todo um enredo e leque de personagens que leva a que história nunca passe por um processo de estagnação. Contudo, para uma série, existe sem sombra de dúvida uma quantidade absurda de personagens e histórias, que exige uma boa dinâmica de produção no que toca a conciliar todos esses fatores e contê-los de modo a manter a coerência de episódio para episódio. E nisto os produtores de Game of Thrones têm tido muito sucesso.
O leque de atores é sem dúvida grande mas devo admitir que nem um me deixa de pé atrás. As prestações são bastante convincentes, naturais e carismáticas tornando a visualização da série muito mais agradável. E claro tenho que destacar Peter Dinklage, que faz um papel fenomenal ao interpretar Tyrion Lannister.
Os cenários são todos espetaculares! Denota-se uma preocupação dos produtores na escolha acertada do ambiente envolvente, que ajuda em muito na manutenção da mística da história. Até mesmo os efeitos visuais estão bastante bem conseguidos, bem longe dos efeitos amadores presentes em algumas produções televisivas. Tudo parece natural e existente, o que ajuda imenso à aceitação da fantasia presente na série. A música é também um factor determinante, consistindo em peças instrumentais de orquestra que ficam rapidamente no ouvido. E como não poderia deixar de ser, sempre coerente com as imagens e com a ação, elevando imenso o estatuto épico da produção.
Todas estas características tornam Game of Thrones numa produção televisiva de qualidade como muito pouco se vê no pequeno ecrã e explicam o enorme sucesso que a série tem. Não há como perder um episódio e esta produção vai mais além do que um simples produto de entretenimento, chegando mesmo a torna-se objeto de culto.
Seja qual for o desfecho desta temporada e o que o futuro trará para Game of Thrones, a verdade é que o seu lugar no pódio não será tão cedo arrebatado. Não trouxe apenas o mundo épico de fantasia de novo à atenção dos espectadores como também o implementou, influenciando não só o gosto de quem vê como também a ficção fantasiosa do futuro.
Para os menos ansiosos, a nova temporada vai estrear em Portugal no dia 8 de Abril, pelas 22h15 no canal Syfy.
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*Este texto não está de acordo com o desacordo ortográfico* E ainda bem!