Este é um dos eventos mais esperados do ano não só por ser o prémio de consolidação de uma produção televisiva como, na opinião de muitos, a antevisão para a gala mais aguardada: os Óscares. Sobre isso muito pouco terei a dizer pois vou remeter todo o artigo para os premiados da televisão.

Para quem, tal como eu, segue muitas séries e está ao corrente do que se faz no pequeno ecrã tem destacar imediatamente a brilhante apresentação de Tina Fey e Amy Poehler. São duas das atrizes mais cómicas da atualidade e conduziram todo o espetáculo de uma forma simples e divertida, com o seu estilo muito próprio.

Risos à parte, o grande vencedor da noite foi, pelo segundo ano consecutivo, Homeland que acarretou os prémios de melhor ator (Damian Lewis) e atriz (Claire Danes) e principalmente o de melhor série dramática. Na categoria de melhor série de comédia ou musical a grande surpresa foi para Girls, que estava em competição com Modern Family e The Big Bang Theory. Esta série trouxe de fato algo de novo aos conteúdos de comédia da televisão e apesar de toda a controvérsia envolvente, é uma produção que terá a sua presença durante mais algum tempo. Não só pelas histórias abordadas e a maneira como o são mas também por quem as conta e a prova disso é o prémio de melhor atriz atribuído a Lena Dunham. A própria tinha como oponentes diretas as apresentadoras da cerimónia. Ainda na mesma categoria, Don Cheadle vê assim apreciado o seu trabalho em House of Lies, ganhando o Globo de Ouro de melhor ator de uma série de comédia ou musical.

No que toca aos telefilmes ou minisséries, também em destaque neste evento, o principal galardão foi para Game Change, assim como o de atriz principal para Julianne Moore e o de ator secundário para Ed Harris, dois grandes nomes do panorama cinematográfico. Kevin Costner foi considerado o melhor ator na categoria, pela sua participação em Hatfields & McCoys, e Maggie Smith levou para casa o prémio de melhor atriz secundária pelo seu papel em Downton Abbey.

Feitas as contas, desde prémios esperados a surpresas incríveis, esta cerimónia teve de tudo. A principal ideia com que se ficou no final foi que cada vez mais é premiado a diversidade e abordagem que os canais por TV cabo utilizam nas suas séries, possivelmente por terem menos limitações de exibição, em detrimento do que se vai fazendo nos canais de sinal aberto nos E.U.A. Não obstante, é sempre bom verificar que apesar da forte tendência de um prémio ser quase sempre atribuído aos mesmos nomeados, ainda há esperança para quem procura algo de diferente para dar ao público.

Inês Calhias

Licenciada em Ciências da Comunicação pela Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve, desde cedo adquiri um enorme interesse por séries. Tento ver um pouco de tudo e apresentar aqui no Quinto Canal o que se passa no panorama televisivo.

Deixe um Comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *