Patrícia Henrique: «[Em alguns programas] recebíamos mais de 50 mil chamadas»

Patrícia Henrique

Já tinha trabalho em televisão, mas foi na SIC que ficou conhecida com a apresentação de Quando o Telefone Toca e Sempre em Linha. Patrícia Henrique cativou milhares de telespetadores durante o tempo em que esteve em antena mas, sem que nada o fizesse prever, acabou por se afastar dos ecrãs nacionais.

Lembra-se desta cara bonita que nos deixava bem dispostos com um simples sorriso? O 5º Canal esteve à conversa com ela e ficou a conhecer os seus objetivos, alguns pormenores dos call-tv e aquilo que realmente a motiva.

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I

Em 1994 concorreu a Miss Portugal onde ganhou o prémio de Miss Simpatia. De que forma é que esta distinção contribuiu para a sua carreira?

Eu já trabalhava na área da moda, tinha tirado o curso de manequim um ano antes, o título ajudou-me a conseguir mais trabalhos como modelo, devido à projeção que o concurso tinha na altura.

Trabalhar em televisão sempre foi um dos seus objetivos de vida?

Não foi propriamente um objetivo, surgiu com o desenvolvimento de trabalhos na Moda e publicidade.

Como surgiu a oportunidade de dar a cara pelo programa da SIC, Quando o Telefone Toca?

Eu já tinha feito vários trabalhos em televisão como assistente, bailarina ou até participações em novelas. E daí surgiu a oportunidade de ir ao casting para o programa.

Foi fácil conduzir durante vários meses um formato de call tv, no qual o apelo às chamadas dos telespetadores era constante?

Foram 3 anos, onde aprendi muito, desenvolvi a minha capacidade de comunicar, principalmente num programa em direto. Foi acima de tudo muito divertido e gratificante.

Normalmente, os programas que passam durante as madrugadas são assistidos pelas mesmas pessoas. Sentia, na altura, que era a única companhia de alguns telespectadores que falavam consigo?

Muitas vezes sentia isso, acabava por ser uma companhia, Havia muitas pessoas que eu já conhecia só pela voz.

Quando o Telefone Toca e Todos em Linha eram lucrativos para a SIC? Tem noção de quantas chamadas eram recebidas por dia?

Foram 3 anos de evolução, penso que houve algumas noites em que chegámos a receber mais de 50 mil chamadas.

De que forma os programas a ajudaram a crescer enquanto apresentadora?

O facto de ser em direto, sem qualquer guião ou teleponto, fez-me evoluir muito, porque era tudo improvisado e nunca sabíamos o que as pessoas nos iam dizer ou perguntar em cada chamada que entrava.

patrícia henrique nova

Recorda-se de algum contratempo que tenha acontecido em pleno direto?

Vários contratempos engraçados, desde grupos a ligar só para fazer a festa em directo, algumas falhas técnicas que aconteciam em directo, várias coisas divertidas.

II

Depois de Quando o Telefone Toca e Todos em Linha, teve a oportunidade de voltar à apresentação?

Fiz pequenas coisas, apresentações pontuais em galas e eventos.

Nunca recebeu nenhum convite para conduzir um programa durante o daytime?

Até á data não.

Esse seria um objetivo seu, ou nunca idealizou dar a cara por um talk show?

Adorava dar a cara por um talk show. De preferência, um programa em directo, a adrenalina de um direto é fantástica.

Qual o canal generalista com que mais se identifica?

Já fiz trabalhos para todos os canais, acho que têm mais a ver com o projeto do que com o canal. Porque a produção de todos os canais é muito boa e tem evoluído muito nos últimos anos.

Que tipo de programa se via hoje a apresentar caso tivesse a possibilidade de o escolher?

Gostava de apresentar um programa de entretenimento com muita animação.

III

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Teve em 2012 a oportunidade de fazer uma participação especial na novela da SIC, Dancin’ Days. A representação é outra das suas paixões?

Sim, a representação, o entretenimento, a televisão são paixões minhas.

Alguma vez ambicionou seguir a carreira de atriz?

Nunca foi das minhas prioridades, a apresentação faz mais sentido.

Segue atentamente a ficção nacional da SIC e TVI? Como vê a forma como a estação de Carnaxide tem crescido numa área que, desde cedo, foi dominada pelo canal da Media Capital?

Acho que é vantajoso para a televisão portuguesa, cada vez mais se apostar na ficção nacional. Temos muito bons artistas no nosso país.

IV

Foi bailarina profissional durante dez anos, chegando mesmo a dançar com a banda GORILAZ nos MTV em Lisboa e com o cantor Enrique Iglésias. Continua a fazer da dança um hobbie ou pensa desenvolver novos projetos nesta área?

A dança ficou um pouco para trás em termos profissionais, apesar de ser a minha grande paixão, actualmente, por opção, não consigo nem que seja um hobbie. Tento conciliar na parte de organização de eventos, sempre que posso coloco animações com bailarinos e dança.

Atualmente é uma cara muito ligada ao social e às festas, o que se deve ao seu trabalho de relações públicas. Sentiu que o facto de deixar de aparecer em televisão a prejudicou de alguma forma nessa função?

Na área de RP é sempre importante aparecer, tentei equilibrar o facto de deixar de aparecer na tv como apresentadora ou atriz com a realização de grandes projetos que também me dão visibilidade e continuam a ajudar-me na minha carreia.

 A noite em Portugal é uma porta aberta para se estabelecer contactos profissionais?

Hoje em dia a noite já não é o que era. As vantagens de trabalhar à noite já não são muitas na minha opinião.

V

Como apresentadora e figura pública tem por hábito seguir blogues ou sites sobre televisão e cinema? Se sim, quais?

Não costumo fazê-lo.

Uma mensagem para os leitores do Quinto Canal!

Sejam felizes e lutem pelos vossos sonhos.

Diogo Santos

Licenciado em Ciências da Comunicação e mestre em Marketing e Publicidade. Tenho uma grave obsessão por audiências desde os meus 14 anos. Espanta-se quem me ouve dizer que praticamente não vejo televisão. No entanto, basta fazerem-me uma pergunta sobre esta categoria, e a resposta surge em segundos. Querem testar? ;)

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