Marta Cardoso: «Estarei onde for precisa e onde a TVI achar que faço falta»

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I

Quem é a Marta Cardoso?

Mulher, mãe, 36 anos, pós-graduada em Comunicação e Marketing Político e alguém que adora a vida e todos os desafios diários que ela coloca.

O trabalho como apresentadora sempre foi um sonho para si?

Não, sonhava ser cirurgiã plástica. Mas como não entrei em medicina por 0.2 a minha mãe convenceu-me a ir para comunicação.

O reality show em que participou contribuiu em que medida para a sua carreira?

Por um lado acelerou o processo, fiquei em contato com o mundo da imprensa e televisivo mais depressa. Por outro, obrigou-me a provar mais e melhor porque existe muito preconceito em relação aos participantes dos reality shows. Portanto, feitas as contas, creio que comecei da estaca zero.

As pessoas na rua ainda a reconhecem pela Marta do Big Brother? Se sim, como encara esse facto?

Claro, e é muito natural. Não me faz diferença, até acho piada porque não me arrependo de nada e tenho orgulho em todas as fases do meu percurso.

Continua a ter ligação com ex-concorrentes do reality show da TVI? Ficaram amizades para vida?

Sim, continuo e há pessoas com que me dou até hoje.

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Como foi desempenhar o papel de comentadora da Casa dos Segredos tendo já participado num programa do mesmo género?

É fácil porque me sinto na pele deles com muita frequência. E como acompanho tudo com muita atenção quase que vivo lá dentro com eles…

Acha que hoje em dia os concorrentes que entram para estes formatos têm objetivos/ambições completamente diferentes daqueles que entraram nos primeiros reality shows produzidos em Portugal?  

Isso deve perguntar-lhes a eles.

Orgulha-se de, passados 12 anos desde o BB, ainda ser uma figura conhecida, ao contrário da maioria dos seus antigos colegas? A que se deveu esse sucesso?

Ser uma figura conhecida não é objectivo. É uma consequência do meu trabalho. E desse, sim, orgulho-me. Mas orgulho-me da mesma forma que me orgulharia caso todos eles tivessem vingado como eu. Não sou feliz com a infelicidade de ninguém e acho que, no meu caso, não se aplica o velho ditado de “o azar de uns é a sorte dos outros”.

Qual foi o objectivo do seu livro Os Segredos da Casa, no qual falou sobre a sua experiência no Big Brother?

Foi precisamente partilhar os pensamentos e sensações que não podem ser vistos nem sabidos mesmo que se vigie alguém 24 horas por dia. Foi uma tentativa de mostrar o interior de um concorrente (neste caso, o meu) sob um ângulo diferente do ângulo do espetador. E foi uma forma de relembrar a mim mesma a experiência que mais me marcou até hoje.

Ficaram segredos por contar?

Talvez. Não se pode contar tudo.

Como reagiu o público e os restantes colegas à publicação deste livro?

O público reagiu muito bem. Já dos restantes colegas não obtive feedback exceto da Sónia e do Marco, que foi positivo.

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III

Já esteve na rádio, com o programa Big Mundo da Marta. Porque terminou o este projeto?

Por falta de tempo para lhe dar continuidade. A rádio sempre foi uma curiosidade e uma vontade mas nunca olhe para ela como um projecto de longo prazo. Findos 2 anos de programa achei que já não fazia sentido “fazer por fazer”… o tempo empregue ali fazia-me falta para outras coisas e a minha curiosidade estava satisfeita.

Pensa voltar a este meio de comunicação?

Estou sempre onde quer que esteja um desafio.

A sua carreira passa pela rádio, televisão, escolas de representação/ apresentação, tendo inclusive aberto a FAME. Sente que, por estar sempre a pensar em projetos novos, o sucesso e o trabalho estão sempre garantidos, ou tem medo do futuro?

O futuro não existe para mim, só o presente. Portanto, em vez de estar preocupada com o que não conheço, procuro aproveitar o que conheço, todos os dias, a cada minuto. O meu futuro há-de ser o que tiver de ser. Até lá, faço a minha parte todos os dias, que é a única coisa que está ao meu alcance.

Gostava de ter um programa a solo na TVI, ou mesmo no novo temático + TVI?

Tenho adorado todos os projectos onde estou e adoro trabalhar em equipa. Portanto, desde que me identifique com o projecto, me dê prazer fazer e seja um desafio, é-me indiferente. Estarei onde for precisa e onde a TVI achar que faço falta. Laivos de “posse”, de ter um programa “meu” são coisas que não me assistem nem assolam.

Acha que a estação de Queluz de Baixo está a reconhecer o seu trabalho, não só ao nível de comentadora como de repórter? Como se sente em verificar que depois de tanto esforço já é considerada uma das caras da TVI?

Fico muito contente e agradeço muito à TVI. Porque, por mais que saibamos o nosso valor, ele não nos serve de muito se não houver quem lhe dê oportunidade de se mostrar

Pretende deixar alguma marca na televisão portuguesa para além da que deixou enquanto concorrente do Big Brother?

Pretendo fazer o meu melhor todos os dias. E quando isso deixar de acontecer prefiro, em vez da “marca”,  dar lugar a quem, como eu, também batalha pelo seu sonho.

Tem projetos para o futuro?

Terei sempre sonhos, isso é certo.

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 IV

Como jornalista e consumidora de informação segue blogues ou sites sobre televisão e cinema? Se sim, quais?

Sigo alguns mas nenhum fixo.

Acha que estes sites estão cada vez mais a competir com o jornalismo tradicional?

Acho que, acima de tudo, são um bom complemento (alguns) e, pelo menos, abrem horizontes e as mentes para que as pessoas, na posse da mais variada informação, possam decidir e concluir sem pressões ou manipulações.

Uma mensagem para os leitores do Quinto Canal!

Obrigado por terem lido esta entrevista. E obrigado também a quem teve o trabalho e o interesse de a fazer!

Obrigado pela disponibilidade!

Anselmo Oliveira

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