Inside Gaming: «Warface» – Jogo Gratuito
Se há algo que penso que é consensual entre todos os gamers, é que não há nada melhor do que encontrar um bom jogo. Esta sensação é ainda melhor quando esse jogo é gratuito. E como estou cá para vos servir, hoje venho-vos falar de um título que corresponde a estes requisitos. Como já devem ter percebido pelo título deste artigo, trata-se de Warface, um First-Person Shooter gratuito e que até há bem pouco tempo não estava disponível na Europa.
Apesar de não o considerar um jogo muito bom, tem inclusive alguns problemas que tendem a ser irritantes, mas já lá vamos, é bem capaz de ser um dos melhores FPS free-to-play que anda por aí (podem ler aqui sobre outros dois FPS gratuitos que já aqui falei, Team Fortress 2 e Crossfire).
Desenvolvido pela Crytek – empresa com alguma credibilidade na área uma vez que foram responsáveis por Far Cry ou Crysis 3 – uma das caraterísticas de Warface provoca-me os chamados mixed feelings. Não sei o que achar ao certo relativamente ao facto de Warface ser jogado a partir do browser. Por um lado significa que não temos de ter mais um jogo a pesar no computador (e já são muitos), no entanto os tempos de loading, sobretudo quando existe alguma atualização a ser feita, e são quase semanais, são enormes. E quando digo enormes refiro-me a uma tarde inteira. Não é nada agradável e para quem não tem uma boa velocidade de internet, torna-se bastante complicado conseguir jogar. E já que estamos numa de apontar os pontos negativos, algo bastante incomodativo é a GFace. E o que é a GFace perguntam vocês. Bem, é a plataforma que aloja o jogo, uma espécie de rede social digamos assim. É diferente, inovadora mas muito confusa e nada user-friendly. Tenho vergonha do tempo que demorei até compreender como funcionar com ela e admito que ainda tenho algumas dificuldades.
Os gráficos são de facto muito bons para um jogo gratuito e fiquei inclusive surpreendida quando o experimentei. A jogabilidade é bastante aceitável, as físicas por vezes não estão muito certas mas nada demasiado grave. Existem duas formas de jogo, o versus – com as opções normais de qualquer FPS Multiplayer – e o Co-Op, e é aqui que o jogo brilha. Existem 5 missões que podem ser jogadas com 5 jogadores no máximo. Utilizando níveis longos e com diversos checkpoints ao longo do caminho, é aconselhável que os jogadores se distribuam entre as diferentes classes existentes (sniper, medic, engineer e rifleman). Estes mapas são perfeitos para se jogar com amigos e certamente vão-vos proporcionar bons momentos. Já no modo Versus não traz nada de novo e é aquilo que já vimos em muitos shooters por aí. Cinco modos de jogo – Plant the Bomb, Storm, Free for All, Team Death Match e Destruction – e infelizmente os mapas não são em tanta quantidade quanto gostaria. Existem rankings, o que aumenta a competitividade do jogo mas infelizmente também fazem surgir a eterna questão dos jogos Free-to-Play, pois há sempre o risco de ser afinal um Pay-to-Win. E neste jogo, como em praticamente todos os jogos gratuitos, existe o risco de sermos aniquilados por alguém que investiu o seu dinheiro real no jogo para estar melhor equipado. No entanto não é crítico e pode-se perfeitamente jogar sem investir qualquer dinheiro, uma vez que existe muito material comprado com o próprio sistema monetário do jogo.
Se esperam um jogo com a qualidade de Battlefield ou Call of Duty, não vos aconselho este jogo pois acabarão desiludidos, mas se procuram algo barato mas que vos ofereça qualidade e diversão, então certamente não se vão arrepender.
Ficaram interessados neste jogo? Se já o conheciam ou se pretendem jogar, deixem nos comentários os vossos usernames 😉