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Fita da Semana: «In Time»
In Time é um filme do ano 2011 e podemos encaixá-lo na categoria de ficção científica. Há muito tempo que não ouvia tanto barulho à volta de um filme de ficção científica, e para isso ajudou a criação de um novo mundo, onde há as próprias regras. É baseado num universo paralelo e faz os espetadores divagarem sobre tudo o que se passa no mundo.
Neste universo em específico, Justin Timberlake é Will Salas, um jovem que vive ao lado da sua mãe. Todos os seres humanos estão programados para deixarem de envelhecer após celebrarem os seus 25 anos, e é lhes dado um relógio biológico que está cravado nos seus braços com o prazo de 365 dias. Para continuarem a sobreviver precisam de ir ganhando tempo, e para isso têm de ganhar meios. Horas, dias, meses e anos podem garantir alimentação, moradia, transporte e conforto. O tempo vira moeda de troca em uma ordem mundial em que o salário é pago por dias.
Will tem um inesperado encontro com um homem que, cansado de seus mais de 100 anos num corpo de 25, resolve doar os seus 116 anos ao relógio de Will, mas antes de o fazer explica-lhe como funciona este mundo. A mãe de Will morre nos seus braços, e este jura vingança pela morte. Henry morre e Will passa a andar pelas ruas do bairro com mais de 100 anos de vida impressos no seu braço esquerdo. Tal coisa chama a atenção das autoridades, que de imediato assumem que Will terá roubado o tempo de vida a Henry. E assim se dá início a uma luta contra o tempo, enquanto Will parte para a zona de tempo mais abastada em busca de uma vida melhor e um vigilante de tempo chamado Raymond Leon (Cillian Murphy) faz de tudo para que ele não dê cabo do sistema “financeiro” com o seu presente caído dos céus.
In Time não pode ser considerado um filme de ação, porque se o fizermos vamos ficar arrependidos de ter visto o filme, mas como obra de ficção científica está muito bom.
Era um filme que podia ser muito melhor aproveitado em questões filosóficas, existenciais e pedagógicas, e em relação a estas questões acaba por ser muito previsível.
Quando saí da sala de cinema fiquei com um parecer muito objetivo… uma excelente ideia, que não conseguiu ser concretizada ao seu máximo. A ideia dos argumentistas é boa e suficientemente original para despertar o interesse dos espectadores, mas como acontece com tantos outros filmes quando se passa para o guião as coisas perdem-se.
Fica a ideia que o guião devia ter sido muito mais trabalhado, o início do filme está muito mal explicado… porque é que apareceram os relógios? Onde é que Will Salas aprendeu a lutar? Estas são apenas algumas das questões que mereciam resposta.
Em suma, volto a ressalvar… quanto à ideia e ao potencial estamos perante um filme 5 estrelas, mas que se perdeu, e parece que isto apenas aconteceu por falta de cuidado, porque Justin Timberlake mais uma vez surpreendeu, e de filme para filme está cada vez melhor.