Gira Discos – Passado Além Fronteiras: Mamonas Assassinas
Esta semana o nosso Gira Discos vai até ao Brasil, para recordar a carreira e os loucos êxitos da banda Mamomas Assassinas.
Possivelmente serão a banda com a carreira mais curta que iremos falar neste nosso espaço musical, mas merecem igualmente o nosso destaque porque mesmo com apenas sete meses de luzes de ribalta foi o suficiente para se tornarem um ícone da música brasileira para todo o sempre.
Ninguém esquecerá o estilo inconfundível dos Mamonas Assassinas, e mesmo quem nasceu depois da sua geração já ouviu garantidamente alguma das suas músicas.
Tudo começou em 1995, quando perceberam que a fórmula do sucesso seria a aposta em músicas com bastante paródia e humor à mistura, abandonando assim o desastre que eram como Utopia, onde o único disco lançado na época vendeu apenas 100 unidades. Já como Mamonas Assassinas deram-se inicialmente a conhecer com os êxitos Pelados em Santos e Robocop Gay.
A partir daqui, nada voltaria a ser igual. Gravaram um único disco, com a EMI, a 23 de Junho de 1995 e no mesmo dia, logo após a apresentação na rádio do estrondoso êxito Vira Vira venderam 25 mil exemplares nas primeiras 12 horas de lançamento, tendo sido até ao momento a maior estreia de sempre de um álbum brasileiro e o álbum brasileiro mais vendido de sempre de toda a história.
Seguiram-se nos meses seguintes quase 200 concertos em apenas seis meses, com dias onde fazia cerca de dois ou três espetáculos. Esgotavam todos os recintos onde atuavam, e o cachet por cada concerto passou de oito mil para setenta mil reais, e em alguns chegou mesmo a ser de 100 mil. Com todo este sucesso a EMI também somou cerca de 80 milhões de reais com a venda do disco de estreia da banda.
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Infelizmente, tudo chegou ao fim a 02 de março de 1996, com um acidente trágico de aviação onde todos os membros da banda morreram, quando o jacto em que viajavam chocou contra a Serra da Cantareira.
Para sempre ficará o legado e as músicas extravagantes de Dinho, Bento, Samuel, Sérgio e Júlio.