O presente mês de outubro deveria significar o regresso de Catarina Furtado aos ecrãs da RTP1, no entanto o atual ambiente de incerteza que se vive no canal do Estado levou ao adiamento do novo Extreme Makeover à portuguesa.

Curiosamente, há cerca de um ano atrás Catarina Furtado Foi Notícia por afirmar a uma conhecida publicação nacional que estaria preocupada com o futuro da estação pública. Todas as críticas que haviam sido feitas até à data tinham criado algum mal estar na RTP, levando a que várias pessoas temessem perder o seu emprego. Atualmente o futuro do canal ainda é incerto. Para além de estar a ser equacionado o encerramento da RTP2, está em cima da mesa a privatização da RTP1.

Apesar de todos os problemas que a estação pública possa ter pela frente, a verdade é que os ordenados recebidos pelas suas estrelas sempre deram que falar. Para uma emissora televisiva contar com profissionais reconhecidos pelo público português necessita de investir pois, caso contrário, estes optam pela concorrência. Muitos são os que não aceitam esta realidade ou não a compreendem, o que gera várias controvérsias sobre o estado da RTP.

Há um ano atrás Catarina Furtado foi confrontada com esta polémica. Ao receber um ordenado bastante elevado em comparação com os portugueses, a jornalista Márcia Gurgel (Notícias TV) questionou-lhe o seguinte: «Uma das críticas que os defensores da privatização fazem tem que ver com os salários que alguns apresentadores ganham. Revê-se nessas críticas?»
Eis a resposta da apresentadora de programas como Com Amor se Paga ou Príncipes do Nada:

Se calhar sou uma das apresentadoras que estão aí incluídas, mas não me revejo. Mais uma vez não vou falar destas questões porque é muito complexo, mas somos a cara. Portanto, é muito fácil tudo se reduzir às caras. Somos um alvo fácil… para falar sobre isso tinha de mergulhar muito mais no assunto RTP, que tem uma estrutura gigante. Normalmente, antes de vermos o conteúdo, é sobre o embrulho que as pessoas se debruçam.

Apesar das críticas, Catarina Furtado confessou não se sentir afetada pois, segundo ela, o seu trabalho está provado aos telespetadores: «Não [me sinto magoada com estes comentários], de todo. Eu trabalho muito.»

Em 2012, a mulher de João Reis já conduziu diferentes projetos na estação pública, entre os quais a 3ª Gala Prémios Autora SPA/RTP, O Grande Teatro do Mundo, Príncipes do Nada, Primavera da Vida, Com Amor se Paga, Ambição Olímpica e 7 Maravilhas – Praias de Portugal. Caso o seu novo programa vá para o ar, será possível concluir que a apresentadora esteve em funções durante todo o ano.

Parece-me que só vamos conhecer o futuro deste Extreme Makeover à portuguesa em 2013, tal como outros formatos que necessitam de aprovação para serem produzidos.

Diogo Santos

Licenciado em Ciências da Comunicação e mestre em Marketing e Publicidade. Tenho uma grave obsessão por audiências desde os meus 14 anos. Espanta-se quem me ouve dizer que praticamente não vejo televisão. No entanto, basta fazerem-me uma pergunta sobre esta categoria, e a resposta surge em segundos. Querem testar? ;)

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