Lembram-se dos contos de fadas que vos contaram quando eram crianças e de todos os filmes da Disney que devoraram durante horas a fio como se aquele mundo fantasioso fosse a coisa mais bela de sempre?

Once Upon a Time traz de volta um dos temas que mais admiradores conquista em todo o mundo e que resulta sempre em sucesso de audiências: o mundo mágico dos contos de fadas.

Criada pelos escritores de Lost, esta produção é um dos destaques do canal ABC que no espaço de um ano conseguiu inacreditavelmente duas temporadas (estreou em Outubro de 2011).

A história centra-se em Emma Swan (Jennifer Morrison) uma mulher com um passado problemático que é encontrada pelo filho Henry (Jared Gilmore). Este procura criar laços com a mãe mesmo depois de saber que esta o deu para adoção com o objetivo de a levar para a sua terra pois acredita que é nela que reside a salvação dos seus habitantes. Chegada a Storybrooke, Emma depara-se com uma cidade normal do interior mas Henry insiste que na realidade todas aquelas pessoas são personagens de outro mundo, um mundo mágico, que estão presas ali sem qualquer memória das suas vidas passadas. Este defende ainda que Emma é a filha da Branca de Neve e que será ela que irá quebrar a maldição da Rainha Má. As suas ideias baseiam-se num livro misterioso e Emma fica muito relutante em acreditar no filho. No entanto, muitas das características dessas personagens começam a sobressair principalmente as de Regina Mills (Lana Parrilla) mãe adotiva de Heny e a Rainha Má no outro mundo. Emma acaba por ficar em Storybrooke e reaproximar-se de Henry, à medida que cria também um forte laço de amizade com Mary Margaret Blanchard (Ginnifer Goodwin), a Branca de Neve. Pelo meio, existe um feiticeiro Mr. Gold (Robert Carlyle) – Rumplestiltskin– um arquiteto do destino de todas as personagens que usa o seu poder principalmente para o mal.

Num primeiro olhar a história parece fantasiosa demais e roça os limites de não interessante pois é um tópico conhecido por quase toda a gente. E foi com este aspeto que os criadores souberam mexer e cativar o público. Eles rompem de tal forma com as histórias conhecidas e dão a sua própria visão daquelas personagens. O espectador julga conhecer algo, julga saber o que irá acontecer e o resultado é normalmente o oposto.

A própria série não é de todo unicamente sobre mundos mágicos. Existe drama em dose q.b, alguma ação e comédia pois todo o ceticismo de quem não acredita é normalmente comparado às experiencias no mundo mágico.

Outro aspeto importante sobre esta produção é o leque enorme de atores que a compõem, uma vez que são muitas as personagens que estão presentes nas histórias. A escolha está bem feita e vemos prestações que, por um lado, nos fazem suster a respiração, e, por outro, nos trazem uma certa melancolia.

Once Upon a Time encontrou a fórmula de sucesso e veio para ficar. Deixem-se enfeitiçar todas as Segundas à noite no AXN White.

Fiquem atentos.

Inês Calhias

Licenciada em Ciências da Comunicação pela Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve, desde cedo adquiri um enorme interesse por séries. Tento ver um pouco de tudo e apresentar aqui no Quinto Canal o que se passa no panorama televisivo.

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