«Tyron» é o novo disco de originais de slowthai

slowthai, também conhecido como Tyron Frampton, lançou este mêso seu segundo álbum, Tyron, sucessor de Nothing Great About Britain, que foi nomeado para os Mercury Music Awards.


Tyron foi criado num clima implacável onde o julgamento, a vergonha e as conceções simplistas e subdesenvolvidas de outras pessoas estão na moda. Em vez de sucumbir a tal simplicidade, Tyron apresenta um slowthai que é descaradamente complexo e que está disposto a explorar temas como a solidão, identidade, autoaceitação e as dificuldades em se tornar um indivíduo.

O primeiro single, feel away feat. James Blake & Mount Kimbie, serviu de pontapé de saída do disco e mostrou um lado mais introspetivo de slowthai. Tal como os singles retirados do disco o provam, Tyron é uma história dividida em duas partes que expõem a complexidade humana. Tal como a história da sua vida, existem sempre dois lados da mesma história.

O primeiro lado reintroduz-nos à arrogância clássica, machismo e fanfarronice típicos da música rap. O que é atípico é o seu flow dinâmico, semiembriagado e divertidamente arrastado sobre uma produção igualmente diversa. O tema de abertura intitula-se de 45 Smoke e brinca com a sua imagem de bad boy com um freestyle enérgico como uma mensagem direcionada aos céticos. “45 SMOKE” pode ser visto como uma provocação, um motivador de mosh pit, um tema pesado com uma distorção pós-punk, que nos avisa que o rapper sempre será ele mesmo a todo custo, uma recusa de que vai jogar bonito e uma lembrança das duras raízes que o moldaram.


André Kanas

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Diretor, Redator e Gestor de conteúdos das redes sociais do QC | Responsável pelas coberturas musicais e televisivas do QC | Integrou o QC em 2013, dado o seu gosto pelo mundo televisivo e não só, sendo que já navega e escreve no universo de blogues e sites de entretenimento desde 2007.

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