Especial Quinto Canal: A noite épica de Axwell /\ Ingrosso em Portugal

Quando os primeiros sinais davam conta de que a noite podia ser um fracasso, a última edição deste ano da Carlsberg Where’s The Party? acabou por revelou-se um enorme êxito. O Quinto Canal conta-lhe agora todos os pormenores.

Poucos minutos passavam das 20 horas quando as portas do MEO Arena abriram para receber os pouquíssimos milhares que se encontravam no exterior para assim dar início à última edição de 2015 da Carlsberg Where’s The Party?, que este ano teve direito a três festas. Ao longo de toda a tarde as comparações feitas pelos fãs em relação a outros eventos de música eletrónica que decorreram no mesmo local em outros tempos eram inevitáveis, verificando principalmente a fraca adesão de público.

Esses rumores ainda mais se confirmaram quando dentro da sala de espetáculos encontramos o palco montado no meio do recinto, reduzindo significativamente o número de espetadores, e palco esse que também desiludiu bastante no que toca aos apresentados nas duas últimas edições. Neste palco nada mas vimos de que apenas dois ecrãs led’s montados acompanhados de algumas luzes, deixando a desejar a produção comparativamente às realizadas ao ar livre.

E só com a terceira atuação da noite é que o público começou a aderir e a acordar para uma noite que se pode mesmo dizer épica, fazendo esquecer na mesma um palco ligeiramente fraco e a fraca adesão de público. Eddie Ferrer foi o responsável por abrir a noite começando por dar positivamente um bom ambiente a quem ia chegando. Seguiu-se uma atuação de DJ Ride igualmente boa e com bastante adesão por parte do público já presente, contudo desadequada para aquilo que era o género musical pretendido para esta noite. A dupla Club Banditz é que foi a responsável por conseguir pôr finalmente o público a mexer, mostrando o que de melhor sabem fazer e afirmando assim cada vez mais uma posição de destaque no panorama musical há muito também já merecida.

Diego Miranda foi o quarto artista a atuar no evento e conseguiu deixar o público bem preparado para o que viria a seguir à sua atuação. Neste momento o DJ é o português melhor colocado no Top 100 DJ Mag e quem esteve presente nesta noite ou quem o viu recentemente ao vivo consegue perceber o porquê. Diego Miranda conseguiu levar todos os presentes ao rubro, interagindo bastante, tendo levado ainda a palco dois convidados musicais, Mod Martin e Mikkel Solnado, que colaboraram consigo recentemente em dois projetos.

Com a multidão já aquecida e pelo menos já com a plateia em pé completamente preenchida, ao contrário da bancada, chegava então a hora de Portugal receber a “estreia” de Axwell /\ Ingrosso. E a estreia não podia ter corrido. Apesar de ambos os artistas já terem dados provas no nosso país daquilo que valem tanto em grupo (Swedish House Mafia), como individualmente, Axwell /\ Ingrosso apresentaram aos seus fãs 90 minutos certos de pura magia e arrepio do início ao fim.

Com um espetáculo bastante interativo com o público, tal como se pode ver pelos vídeos apresentados, a dupla não deixou de fora nenhum dos seus principais êxitos, acompanhados dos já conhecidos jogos de luzes e pirotecnia. O melhor de tudo é que contrariamente às dezenas de vídeos que se encontram na internet onde se podem ver sempre os mesmos set’s com mínimas alterações e que nos deixam sempre com a impressão daquilo que podemos esperar do espetáculo, a humildade e interatividade que tanto Axwell como Sebastian Ingrosso apresentaram tornaram o set só por si diferente, além de que também não nos podemos esquecer do grande festejo que foi cantar os parabéns ao Axwell, que comemorou mais um aniversário exatamente neste dia.

Tudo isto e em conjunto com a força e o carinho que o público português (e não só) claro que levou a dupla uma vez mais a afirmar que um dos melhores países onde já atuaram foi Portugal. Nós agradecemos, e serão sempre bem-vindos num regresso.

Assim que possível serão adicionados mais fotos e vídeos deste evento nas nossas plataformas digitais.