Dedicado a «Festa é Festa», «Dois às 10» lidera mais uma manhã
Dissolução é um solo de dança, criado e interpretado por Bruna Carvalho, que reflete sobre a relação entre o ser humano e a natureza, tendo como ponto de partida a nossa condição enquanto elementos de um ecossistema complexo e fascinante.
Dissolução é apresentado como “um solo de dança que se debruça sobre a nossa relação com a natureza, partindo da nossa essência, daquilo que nos é inato e natural enquanto seres vivos. Através dos sentidos e do ato de intuir, procura captar algo além daquilo que nos é perceptível a olho nu, algo mais profundo da nossa presença, da nossa relação com o meio e com todas as formas de vida, para falar de um universo transversal, de uma energia perene e coletiva, que a cada momento se dissolve para encontrar novas formas de expressão.”
Neste solo, onde a criadora e intérprete trabalha a relação do ser humano com a natureza, reflete-se sobre a nossa existência comum e partilhada, inseparável e indivisível do meio que habitamos. Bruna Carvalho procura aqui criar pontes entre elementos constituintes de uma mesma esfera, feita tanto do macro como do micro, do universo e da célula, provenientes da mesma matéria orgânica, da mesma energia primordial, perene e coletiva. Não apenas para nos deslumbrarmos com o intangível, mas, sobretudo, para nos propor que lancemos um olhar crítico sobre a forma como vivemos, sobre a forma como comunicamos uns com os outros, como comunicamos com a natureza e com o mundo que nos rodeia.
O espetáculo foi construído em diferentes planos e camadas: a pesquisa e encenação do movimento enquanto fonte de uma linguagem coletiva e universal; o som, composto em paralelo com a coreografia; a luz, com suas capacidades imagéticas, através da qual se desenham os cenários em sintonia com o corpo em dança; a escrita, a fotografia e o desenho, através dos quais se regista a partitura da composição e se fixa a energia que se quer transportar para cena. O trabalho é canalizado para a potência dos movimentos, para o seu núcleo, para a força e o desejo de os gerar. Procura-se aquilo que está para além da nossa percepção a olho nu e algo mais: algo que parece estar na essência daquilo que nos relaciona a todos enquanto seres vivos deste planeta.
Dissolução será apresentado no Teatro Municipal Sá de Miranda (Sala Experimental) em Viana do Castelo, no dia 23 de junho às 21 horas, e no dia 24 de junho às 19 horas, sendo que os bilhetes já se encontram à venda.
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