Comic Con Portugal 2021: Conferência de imprensa de «Pôr do Sol»

A série portuguesa Pôr do Sol foi um dos grandes destaques do dia 11 da Comic Con Portugal.


Presentes no evento estiveram Diogo Amaral, Cristóvão Campos, André Pardal, Madalena Almeida, Manuel Pureza e Rui Melo, que divertiram todos os presentes. A conferência de imprensa de Pôr do Sol começou logo da melhor forma com os convidados a serem recebidos ao som da música interpretada por Toy.
O sucesso da série foi algo surpreendente e inesperado para alguns dos convidados, pois temiam que o público não percebesse bem as piadas ou que tomassem a série como uma caricatura e não a levassem a sério.

Existiu um qualidade enorme na criação do guião e nas filmagens, o que apelou ainda mais. O processo de escrita consistiu inicialmente num apanhado de tudo o que acontecia nas novelas, com a ajuda de Rui Melo e Manuel Pureza, mas a parte principal, “o cimento” para unir estas ideias foi tudo trabalho de Henrique Cardoso Dias. Pôr do Sol está numa zona cinzenta pois “se for a mais é puro gozo e se for a menos não se passada nada”. Cristóvão Campos confessou que o que adorou mesmo foi a existência de ganchos no final de cada episódio e que prendeu o público para o episódio a seguir.

Para os atores presentes, o desafio prendeu-se mesmo em tentar defender com a maior veracidade possível um texto absurdo. E é essa atitude que prova o enorme respeito que toda a equipa tem pelas novelas. Tal como Cristóvão Campos referiu, o objetivo era gozar com as novelas mas de forma saudável, sem ser uma caricatura. A procura do tom certo foi algo que preocupou a toda a equipa de Pôr do Sol. A crítica dos colegas de profissão tem sido muita positiva e muitos gostariam de participar no projeto.

Rui Melo acabou por confessar que o mais difícil foi realmente partir copos sem se rir, pois os mesmos tinham um custo elevado e ele tinha sido logo avisado desde início. Para Madalena Almeida, o principal desafio que teve foi aprender a tocar baixo, para melhor interpretar a sua personagem. O ambiente a gravar foi sempre muito divertido e a equipa temia que a “maldição de Manuel Cavaco” se tornasse realidade. O ator disse desde início que quando se divertem nas gravações o produto não tem sucesso. Pôr do Sol veio contrariar essa maldição.

Quando questionados sobre a origens da banda Jesus Quisto, Rui Melo confessou ser ele o autor das letras, juntamente com Henrique Dias, e que foi a coisa mais divertida que alguma vez fez. Ainda tem no seu telemóvel as primeiras versões de algumas músicas, cujo arranjo final foi feito por João Cruz, responsável pela pós-produção de áudio de Pôr do Sol. A banda esteve em destaque no painel na Comic Con, onde atuou no início e animou bastante os presente, que cantaram efusivamente as letras das músicas. Foi realmente um dos momentos altos do dia!

O caminho para a segunda temporada ainda está a ser feito, uma vez que ainda estão a aproveitar o sucesso da primeira. Já tiveram reuniões mas Rui Melo e Manuel Pureza confessaram estar assustados para garantirem que se mantém a mesma qualidade da primeira temporada. Estão muito felizes com a ideia de fazer uma segunda temporada e que se ainda por cima são pagos para fazerem cenas engraçadas, é sempre um impulso especial.

Recordo que Pôr do Sol foi um dos grandes vencedores dos Prémios do Quinto Canal, tendo conquistado o de Melhor Série, Melhor Elenco, Melhor História/Argumento e Melhor Autor.


Inês Calhias

Licenciada em Ciências da Comunicação pela Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve, desde cedo adquiri um enorme interesse por séries. Tento ver um pouco de tudo e apresentar aqui no Quinto Canal o que se passa no panorama televisivo.

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