Só Séries: «Star Trek Discovery» valerá a pena?

O universo de Star Trek regressou ao pequeno ecrã pelo canal CBS e apesar das altas expectativas, Discovery tem-se mantido muito discreta nas audiências. Será que vale a pena?

Situada cerca de uma década antes dos eventos da série original de Star Trek, Discovery marca o regresso deste universo ao pequeno ecrã, cuja última série – Enterprise – terminou em 2005. A história centra-se em Michael Burnham (Sonequa Martin-Green), uma cientista criada por Sarek, um Volcan, que a educou para ela sempre seguir um raciocínio lógico nas suas decisões. Isto faz com que ela pareça uma pessoa fria e calculista e alguns dos seus atos acabam por ser mal interpretados e levar a terríveis consequências.

Após vários percalços, Burnham acaba por se encontrar ao serviço do capitão Lorca (Jason Isaacs), que comanda a USS Discovery, uma nave pioneira que serve de grande suporte na guerra contra os Klingons. Burnham terá como grande desafio conviver com Saru (Doug Jones), um Kelpien (nova espécie criada para esta série) com quem trabalhou na USS Shenzhou e que a considera culpada do fim trágico que a nave teve. Ash Tyler (Shazad Latif), Paul Stamets (Anthony Rapp) e Sylvia Tilly (Mary Wiseman) são as restantes personagens que compõe o elenco principal.

Discovery
©Entertainment Weekly

Vou começar a minha análise afirmando que não sou fanática por Star Trek. Fruto da disputada que esta saga tem com Star Wars confesso que nunca me debrucei muito sobre este universo. Contudo, Discovery está a convencer a tentar conhecer melhor Star Trek. Confesso que não é uma série excelente. Entre diálogos um pouco forçados e atuações um pouco medíocres, a série acaba por pecar porque além de não existir grande química entre algumas personagens principais, não se cria a ligação necessária com o espectador. E apesar de gostar de algumas personagens sinto que falta um pouco de contexto para realmente me importar com o seu futuro. SPOILER – a única personagem com quem criei empatia imediatamente sofreu uma morte inesperada.

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Mas o que me encanta nesta série, além de ser de ficção científica, é o enorme universo explorado em quase todos os episódios e a grande qualidade de efeitos visuais utilizados. Numa produção televisiva é raro ver esta qualidade e este universo tão vasto. Apesar de Discovery ter sido criada pelo canal CBS só têm acesso a ela os utilizadores que pagarem o serviço online. E fora dos E.U.A., a série está a ser transmitida semanalmente na Netflix. Ora, só mesmo uma produção com o cunho da Netflix poderia ter este orçamento todo para gastar. é que além da HBO, poucos são os canais que criam estes vastos universos imaginários, muitas vezes por falta de recursos.

A verdade é que Discovery tem deixado os fãs de Star Trek muito divididos. Por um lado, existem aqueles que admiram esta nova produção por aquilo que é e apesar de reticentes, a encaram como um bom produto de entretenimento. Por outro, existem os fãs ferrenhos da saga que afirmam que esta em nada se parece com o que foi feito até agora e que dá mais primazia às batalhas do que à história e personagens, algo que nas produções anteriores estava em maior evidência.

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Como não me encaixo em nenhum dos grupos porque nunca fui fã desta saga, remeto-me apenas a admirar a série por aquilo que é. E todas as semanas lá estou eu a ver um novo episódio. É um bom produto de entretenimento que abre as portas para novos fãs explorarem este vasto universo. A segunda temporada já foi encomendada e resta saber quando chegará. Por agora, a primeira temporada ainda está em exibição no seu nono episódio.

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