Custódia Gallego

Entre o deslumbramento dos mais jovens pela fama e a maneira como estes entendem que ser ator é fácil ou a falta de investimento que o nosso país tem na cultura, Custódia Gallego muito se estendeu sobre assuntos complexos que continuam sem uma solução. Por outro lado, a atriz aproveitou igualmente para mostrar algum descontentamento pela classe dos atores que, infelizmente, ainda permanece bastante desunida. Afinal, e numa área onde os diretos são poucos, é necessário que todos os artistas tomem uma atitude para alcançar um bem comum.

«[A classe dos atores é desunida] sim, mas é por defeito. Quando entro num trabalho e como não tenho agente sempre fui eu a discutir os meus cachês. Para saber se estou a fazer asneiras ou não tenho de perguntar aos meus colegas e é com dificuldade que obtenho respostas. Só quem tem muita confiança em mim é que diz quanto vai ganhar. Porquê? Que explicação é que há para isto senão aquela coisa católica: “Se eu disse que estou a ganhar mil o outro também vai querer e depois não me vão pagar”. Só pode ser isto. É uma questão de cultura de sobrevivência que foi sendo desenvolvida no mau sentido», explicou à Notícias TV desta semana.

Custódia Gallego, que continua a dar nas vistas em Dancin’ Days, explicou também que a existência de um sindicato dos atores em Portugal dificilmente conseguiria alcançar algumas mudanças. «Mesmo que houvesse um sindicato, isso não seria suficiente. Devia haver uma tabela de cachês e essa tabela ser cumprida», concluiu.

Para quando uma união entre os atores para se alterar algo nas suas condições precárias de trabalho?

Diogo Santos

Licenciado em Ciências da Comunicação e mestre em Marketing e Publicidade. Tenho uma grave obsessão por audiências desde os meus 14 anos. Espanta-se quem me ouve dizer que praticamente não vejo televisão. No entanto, basta fazerem-me uma pergunta sobre esta categoria, e a resposta surge em segundos. Querem testar? ;)

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