No Brasil a Record caiu 26 % nas audiências do seu horário nobre e agora está a fazer de tudo para recuperar um trunfo que faz a diferença entre o segundo e terceiro lugar. Por cá a SIC e TVI debatem-se pelo primeiro lugar, sendo que é a primeira que mais mudanças terá de fazer para o conquistar. Ainda assim, as mudanças que terão de ocorrer não se prendem com o seu horário nobre, mas antes com todo o seu day time. Desde que começa o dia até por volta das 18h30, a SIC é feita de flops, que raramente chegam aos 20% de quota de mercado.
Uma liderança tem de ser sólida e assente em vários produtos de sucesso e é isso que na SIC não existe. Há dois que elevam as audiências e que fazem com que os programas seguintes continuem os bons resultados. Se tirarmos Fina Estampa e Dancin’Days, provavelmente a SIC faria resultados bem ao jeito da RTP1, que precisa de grandes eventos para chegar aos 15% de share diário. Com novas novelas a caminho e um programa diário, que não deverá fazer milagres, a SIC precisa urgentemente de rever a sua grelha diária se quer a vitória. É que das novidades que se avizinham nenhuma delas é para onde existem mais problemas.
Se Querida Júlia não mudar, tudo o resto permanecerá igual. O programa das manhãs leva de arrasto o Primeiro Jornal, que ainda assim consegue fazer resultados aceitáveis, e por conseguinte toda a grelha. Longe vãos os tempos em que a novela de hora de almoço liderava em Carnaxide, o que dava boas garantias ao programa da tarde. Hoje está tudo de rastos e sem fôlego para se levantar. Mudanças são precisas e para breve.
