O futuro preocupa milhares de portugueses, e nem mesmo as estrelas que vemos na televisão receiam a falta de projetos que possa vir a afetar a sua carreira. Rita Pereira, por exemplo, afirmou à Notícias TV desta semana que, mesmo sendo agora uma das caras da estação de Queluz de Baixo, não sabe o que os próximos anos lhe reservam. Por esse motivo, tirou um curso de Comunicação e Publicidade para, quem sabe, no futuro se precaver contra a falta de convites em televisão.

Por mais que um ator queira trabalhar, não somos nós que nos escolhemos para um papel, para um filme, para uma peça de teatro, uma novela. É sempre uma incógnita se se vai ter um próximo projeto ou não. E vejo atrizes muito boas, que trabalham comigo, com anos disto que não têm contrato e chegam ao final do projeto sem nada agendado. Olho para isso e penso que me pode acontecer a mim. Posso não ser exclusiva de um canal para sempre. Podem chegar à conclusão que não lhes compensa que eu seja exclusiva.

A atriz da TVI destacou o caso de Carlos Areia. Sendo um bom ator, com provas dadas em cinema, teatro e televisão, não se compreende a razão para continuar afastadado dos ecrãs nacionais. «Há muitos atores que não são bons e estão a trabalhar, e há excelentes atores que não estão a trabalhar. Porque não são vendáveis. Quando olho para o Carlos Areia fico triste. Ele é muito bom e não está a trabalhar. Mas porque não lhe dão oportunidade de ele se tornar vendável? Acho que as pessoas podem tornar-se vendáveis quando estão no ecrã», confessou à publicação do Jornal de Notícias e Diário de Notícias.

Mesmo reconhecendo que os seus fãs contribuem para o sucesso que tem alcançado, Rita Pereira não esquece que a fama é passageira e está condicionada ao que a imprensa publica: «Já fui a Rita Pereira querida por todos, e a Rita Pereira que passou de bestial a besta e que, depois, subiu outra vez. Neste momento, estou bem, as pessoas adoram-me e estou a dar-me bem com a imprensa. Mas amanhã, se acontecer alguma coisa na minha vida, a imprensa já começa a dizer mal, as pessoas começam a criticar. E, se isso acontercer, posso ser preterida para um papel. Os protagonistas não escolhidos apenas pelo seu acting, se são bons atores ou não.»

Diogo Santos

Licenciado em Ciências da Comunicação e mestre em Marketing e Publicidade. Tenho uma grave obsessão por audiências desde os meus 14 anos. Espanta-se quem me ouve dizer que praticamente não vejo televisão. No entanto, basta fazerem-me uma pergunta sobre esta categoria, e a resposta surge em segundos. Querem testar? ;)

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