Com provas dadas no mundo da representação ninguém questiona o enorme talento de Marina Mota, no entanto, os habituais papéis cómicos que desempenha, fazem com que seja rotulada a um tipo de papel. A viver Emília Cabreira em Destinos Cruzados, a nova novela da TVI, a atriz revela à Maria não se importar com isso. «Não quer dizer que eu, enquanto atriz, não gostasse de ter um desafio diferente, até porque as atrizes não gostam de rótulos, mas ao fim de 40 anos de carreira já não me preocupo nada com isso. Deem-me os rótulos que me quiserem dar, pois não vou deixar de desempenhar a figura, preocupada com o julgamento de seja de quem for. Uma atriz não pode ter isso a espartilhá-la», revela.
Sentindo-se como peixe na água, a atriz diz que sua experiencia de vida a ajudou na construção do papel: «a minha vivência é em Alcântara, onde nasci. Depois fui para a Bica, onde cresci, e Cais do Sodré. Tenho as minhas raízes nos bairros populares e servem-me que nem uma luva». «A Emília é uma mulher muito exuberante e pensa-se a rainha do bairro», conclui.
