Após ter apostado na série histórica Conta-me Como Foi, a RTP já prepara uma outra, que contará a vida dos portugueses no pós-25 de Abril de 1974. Apesar das comparações que possam existir, Depois do Adeus irá ter «uma história mais densa e intensa, com uma riqueza dramática muito forte», avisa Patrícia Sequeira, responsável pelo projecto.
Em Depois do Adeus, os portugueses irão acompanhar a história da família Mendonça, desde o dia em que esta ‘retorna’ a um país que é o seu, mas no qual se sente estrangeira, até ao período de adaptação a uma nova realidade. Segundo a responsável, em cada episódio será mostrado um momento marcante da época. «Do episódio 1 ao 26 há uma cronologia e nós vamos fazer as nossas personagens andarem por estes acontecimentos e, de alguma maneira, terem ligação com esses eventos históricos».
Apesar de ter um investimento inferior do que Conta-me Como Foi, a produção irá ser cuidadosa na recolha do material a exibir e por isso mesmo pediu a participação do telespectador para enviar fotos e jornais da época. Ainda assim, Nuno Marvão, diretor de produção, garante que a série irá marcar e surpreender os telespectadores. Segundo adiantou à Correio TV vai ser recriada «uma manifestação com militares em Monsanto que terá 300 figurantes, com tanques e armas. Temos também cenas num aeroporto, todo construído num armazém a partir das imagens de arquivo e a ida ao cais dos contentores».
Com muito pouco espaço de tempo entre gravações e produção, Nuno Marvão revelou que «não se fazem tantas cenas por dia como noutras séries, porque estas puxam muito pelos actores e porque há uma série de pormenores de guarda-roupa e decoração que demoram tempo a resolver».
Com uma primeira temporada de 26 episódios, Patrícia Sequeira já pensa numa próxima e não esconde o gosto em vir a fazê-la. «Gostava. Temos um elenco fortíssimo e não vamos conseguir aprofundar todas as histórias. Uma segunda temporada permitir-nos-ia dar atenção a outros núcleos interessantíssimos que ficarão mais esquecidos na primeira temporada», afirmou.
