Alberto da Ponte, o novo presidente da RTP, confessou ao jornal Sol que o serviço público da estação do Estado só é possível com a existência da RTP1 e da RTP2. Afinal, é a complementaridade que ocorre entre estes dois canais que torna viável o referido conceito. «Não vejo hipóteses nenhuma de haver um serviço público completo sem a empresa manter os dois canais», explicou aos jornalistas na última segunda-feira, depois de uma reunião com os signatários do manifesto em defesa do actual modelo da RTP / RDP.

Por outro lado, Alberto da Ponte afirmou igualmente que não ficaria surpreendido se tanto a RTP1 como a RTP2 passassem a estar ao encargo de um operador privado: «Não me choca ver a RTP1 e a RTP2 nas mãos de um operador privado. Isso depende do acordo parassocial e de cumprimento do serviço público que for celebrado com o Estado.»

Afinal, para o profissional da estação pública, o facto de a televisão do Estado estar ou não na propriedade de um entidade privada não é decisivo para assegurar o seu serviço público.

Será?

Diogo Santos

Licenciado em Ciências da Comunicação e mestre em Marketing e Publicidade. Tenho uma grave obsessão por audiências desde os meus 14 anos. Espanta-se quem me ouve dizer que praticamente não vejo televisão. No entanto, basta fazerem-me uma pergunta sobre esta categoria, e a resposta surge em segundos. Querem testar? ;)

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