Inside Gaming: «DLC Quest»

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Na semana passada referi que Evoland seguia o mesmo conceito que um outro jogo, DLC Quest. No entanto, muitos de vocês provavelmente ainda não conhecem este jogo, portanto é dele mesmo que hoje vos venho falar.

Este título foi criado pela Going Loud Studios, uma desenvolvedora indie de videojogos situada no Canadá. O mais interessante sobre esta empresa é o facto de contar apenas com um funcionário, o seu fundador Ben Kane. Como resultado disto, temos um excelente jogo indie que apesar de nos ocupar pouco mais que um par de horas, é bastante divertido. DLC Quest foi lançado primeiramente para Xbox 360 em Novembro de 2011 e alcançou um enorme sucesso na comunidade, ganhando inclusive o prémio da Magazine oficial da Xbox Live de melhor jogo indie do ano. Em Março de 2013 acabou por sair para PC e Mac.

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O mote do jogo é bem simples: “O que acontece quando os DLC’s vão longe de mais?”. No fundo não é mais do que uma crítica ao que recentemente se tem passado na indústria dos videojogos. Para quem não sabe, um DLC não é mais do que conteúdo adicional para um determinado jogo. Normalmente são missões, personagens, objetos ou níveis adicionais. Nada mais do que um tradicional update. O problema, digamos assim, é que muitas vezes este conteúdo é pago chegando a custar por vezes metade do valor do jogo (que já tivemos que pagar anteriormente) – dou o exemplo de Call of Duty Black Ops II, um dos jogos que mais fãs tem e que atualmente custa cerca de 60€ e tem DLC’s a custar 15€. Anteriormente este tipo de conteúdo adicional vinha sob a forma de updates gratuitos aos quais qualquer jogador que comprasse o jogo em questão tinha acesso.

Pegando nesta questão, a Going Loud Studios decidiu criticá-la da melhor maneira possível e foi assim desenvolvido DLC Quest. A história é a típica do herói que parte em busca da princesa que foi raptada pelo mauzão. No entanto, para sermos bem-sucedidos nesta missão, é necessário comprar packs de DLC’s com as moedas que vamos arrecadando. Existem ao todo 30 packs que podemos adquirir, uns mais necessários que outros que servem apenas de crítica. Entre os que precisamos mesmo de comprar para avançar com o jogo há por exemplo o pack do movimento, do menu de pausa, do duplo salto ou até do som. Como packs mais inúteis temos por exemplo um chapéu para o nosso personagem, uma armadura para o seu cavalo (que ironicamente só percebemos o seu papel no jogo no fim da história), um peixinho de estimação, e um DLC com zombies que admito que foi o que me fez mais rir. Na sua descrição pode-se ler “Isto na verdade não se enquadra em lado nenhum, mas o departamento de marketing disse que todos os jogos precisam de zombies” – o que é uma crítica ao facto de atualmente existir uma espécie de “zombificação” dos videojogos, onde qualquer jogo tem a sua presença. A jogabilidade é bastante simples pois trata-se de um jogo de plataformas sem muito que se lhe diga, e o objetivo de qualquer quest é pura e simplesmente retirar o dinheiro que arrecadamos para poder chegar ao fim do jogo.

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Ironicamente, há pouco tempo saiu um DLC – gratuito- desta vez para o jogo em si, chamado “DLC Quest Freemium or Die”. Nesta expansão o criador decidiu dar um maior destaque à jogabilidade, fazendo as missões maiores e acrescentando um pouco mais de humor.

Com um aspecto 2D que apela ao nosso lado mais retro, DLC Quest é um jogo divertido e que qualquer um pode jogar. Curto, simples e que merece sem dúvida uma oportunidade.

Curiosos?

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