Inside Gaming: «Assassin’s Creed IV: Black Flag»
No passado dia 22 de Novembro (para PC e na Europa) saiu para o mercado um dos jogos mais antecipados deste ano. Não era para menos, pois trata-se de uma das séries que mais fãs tem e que consegue alterar totalmente a perspetiva com que cada um de nós olha para o mundo. Já sabem de que jogo falo? Claro que sabem, está no título. Mas se não fosse isso, todos aqueles que já meteram as mãos em qualquer jogo da saga Assassin’s Creed certamente já se teriam identificado. Depois de já vos ter vindo falar dos jogos anteriores – podem ler aqui – desta vez trago-vos o mais recente jogo da série: Assassin’s Creed IV Black Flag.
Sendo eu fã incondicional do culto dos Assassinos – não vejam nenhum sentido oculto nisto por favor – era impossível não ter experimentado este jogo assim que ficou disponível. E tenho-vos a dizer que na minha modesta e irrelevante opinião, é um dos fortes candidatos a jogo do ano. A história centra-se no pirata Edward Kenway – quem não gosta de piratas certo? – avô de Connor Kenway, o protagonista de Assassin’s Creed III (provavelmente o jogo mais fraco e que mais desiludiu na série de Assassin’s Creed). Neste título seguimos por uma das melhores histórias de piratas já vistas enquanto exploramos as mais que muitas ilhas das Caraíbas. Entre garrafas de rum, brigas de bar e gíria de pirata, os pormenores estão lá todos.Há algo em Edward Kenway que o torna mais atrativo – e não me refiro ao seu aspeto de pirata badass e de barba rija – que os seus sucessores Haytham Kenway (filho) e Connor Kenway (neto), ambos personagens jogáveis de AC III. Talvez seja a sua personalidade completamente compatível com o comportamento que imaginamos que um pirata tem ou até a forma como se move, mas Edward transpira personalidade e atitude. É na sua essência um lobo-do-mar e demora até conseguirmos vislumbrar a sua veia compatível com a ordem dos Assassinos. Vemo-lo inclusive a debater-se e a não distinguir o certo do errado com templários (os eternos inimigos) e assassinos para tentar chegar a um local misterioso chamado “The Observatory”.
Contudo, o que torna Black Flag digno de muitas e muitas horas de jogo, é não tanto o seu destino final mas sim a viagem que realizamos até lá chegar. A história principal não é fantástica (quem jogou Assassin’s Creed II sabe ao que me refiro) mas há uma imensidão tão grande de áreas para explorar, de colecionáveis e de side-missions que por vezes até nos esquecemos de continuar a história principal – que se torna repetitiva e se baseia muito em seguir algo durante largos minutos. O que é fantástico neste jogo é o seu aspeto e o que ele provoca em nós. Quem já o jogou certamente concorda comigo quando afirmo que a sensação de simplesmente navegar no mar aberto, indo para onde o vento nos leva e ouvindo a nossa tripulação entoar fantásticas músicas de piratas é das melhores. Há videojogos com momentos memoráveis e para mim o de AC Black Flag é este.
Tudo isto não teria tanto impacto se não fossem os gráficos com um aspecto fenomenal. Sendo este um videojogo destinado à próxima geração de consolas, Playstation 4 e Xbox One – que já está disponível, pelo menos na América do Norte – o seu aspeto não poderia ser desconsiderado. E acreditem, não desilude. Na versão de PC, aquela onde o jogo, a cor do mar é fantástica, as cores estão genialmente aplicadas e garanto-vos que se vão sentir nas Caraíbas assim que ligarem o jogo.
Portanto, peguem nas vossas garrafas de rum que sei que têm aí por casa e naveguem para o mar das Caraíbas ultrapassando tempestades, ondas gigantes e tornados (sim isto existe tudo no jogo e é absolutamente genial ultrapassá-los), pelo caminho cacem tubarões, baleias e qualquer outra fauna que se atravesse à vossa frente e percorram os telhados das casas das imensas ilhas enquanto efetuam os assassinatos de quem merece!
Já experimentaram este jogo? Expectativas?