Ídolos em Análise (6ª Gala 1/07/2012)

Numa gala dedicada à música portuguesa, faltou um pouco mais de risco por parte dos concorrentes. Apesar de terem escolhido bonitos temas que têm marcado miúdos e graúdos, o júri reforçou alguma contenção nas diferentes prestações. À parte disso, os sete finalistas deram o tudo por tudo numa emissão onde só cinco deles poderiam continuar no concurso da SIC.

Antes de saber quem sai e quem fica, fique a conhecer a opinião de quem ouviu em casa e no estúdio! Por esse motivo está na hora de lhe dar as boas vindas a mais um… Ídolos em Análise!

Inês Herédia

Foi a primeira a cantar no palco do Ídolos na gala deste domingo e deu voz a Perdidamente, uma música original dos Trovante. Com um ar angelical, voltou a dar um lado ainda mais sentimental e doce ao tema que interpretou. Semanalmente esta concorrente tem demonstrado compreender as palavras dando-lhes ainda mais significado, ao invés de, simplesmente, debitar uma letra.

Uma bonita prestação que, de certeza, marcou muitos telespetadores.

«Este é um tema que exige espaço, uma capacidade de sustentar as notas e respiração. Faltou-te isso», comentou Manuel Moura dos Santos. Bárbara Guimarães afirmou que a jovem esteve nervosa devido ao facto de ter querido expressar demasiado as suas emoções. Afinal, faltou alguma contenção, essencial num tema como este.

João Santos

Cantou uma canção de um dos meus artistas preferidos: Lado Lunar, de Rui Veloso. Na semana passada foi salvo pelo júri do talent-show da estação de Carnaxide e, também por isso, quis dar um pouco mais de si nesta gala. Com uma versão original da música e acompanhado pela sua guitarra, João Santos deu-lhe mais ritmo. Desta forma, despertou a atenção da plateia e colocou alguns elementos do júri bastante animados. Uma interessante prestação que provou que o jovem mereceu ter permanecido na competição do concurso da SIC.

Quanto à avaliação do júri, Tony Carreira disse o seguinte: «Estou muito feliz por te ver aqui. Este programa sem ti ficaria a perder. Gala após gala estás cada vez melhor. Foste um grande intérprete. Defendeste a canção num arranjo que criaste.» Já Pedro Abrunhosa salientou que o jovem tem uma carreira à sua espera. «Ainda bem que regressaste porque foi um momento brutal!», acrescentou o músico português que apadrinha a edição deste ano do Festival Marés Vivas.

Mariana Domingues

Tal como João Santos, a jovem foi uma das menos votadas no domingo passado no Ídolos. Interpretou um tema dos The Gift, Fácil de Entender, e esteve afinada. Apesar disso, e de ter estado segura, não me surpreendeu. Depois do primeiro refrão saiu-se melhor, mas penso que poderia ter arriscado um pouco mais. Assim, e se no caso de Inês Herédia faltou contenção, nesta atuação Mariana Domingues esteve demasiado presa.

Depois de Pedro Abrunhosa ter confessado que não gostou muito de a ter ouvido, Manuel Moura dos Santos salientou o contraste existente entre ela e a cantora original do tema, Sónia Tavares: «Faltou-te intensidade. Podias ter levado a canção para um lado soul.» Quanto à opinião de Bárbara Guimarães, veio reforçar a atitude da concorrente. Assim, a apresentadora salientou a sensualidade com que esta interpreta as músicas, ainda por mais tendo apenas 17 anos.

Teresa Queirós

Quis mostrar intensidade na sua atuação e, para isso, não poderia ter escolhido um tema melhor do que o de Sara Tavares, Eu Sei. Num baloiço improvisado, pareceu-me que Teresa Queirós esteve demasiado colada ao original e um pouco desafinada. Mesmo assim, gostei da sua atuação, tendo sido possível verificar o poder vocal que detém.  Um 7 em 10!

«Cantaste a canção de uma forma muito exposta. Eras tu sozinha. Notou-se uma vez mais que és uma cantora muito competente. Tens uma boa sustentação e fazes umas variações muito interessantes. [Mesmo assim] já te ouvi cantar coisas menos difíceis mas com mais garra», começou por dizer Pedro Abrunhosa. Manuel Moura dos Santos confessou que faltou um pouco de risco e de intensidade: «Cantaste mais para ti do que para os outros». Já Tony Carreira congratulou a aniversariante e reforçou as suas desafinações.

André Cruz

Tal como João Santos cantou acompanhado de uma guitarra. Num tema dos Toranja, Carta, interpretou uma balada. Esteve afinado e tentou descolar-se da banda original, falando para o público e, depois disso, dando força à música. Em mais uma semana, André Cruz provou que merece estar no concurso da SIC. Um dos melhores da noite que, mesmo cantando um tema simples, deu-lhe um ritmo totalmente diferente.

No que toca aos comentários do júri, Manuel Moura dos Santos confessou que o jovem entrou na canção de uma forma incrível. «Mais uma vez te digo que tu és um dos melhores cantores desta edição do Ídolos e espero que continues connosco. Estiveste muito, muito bem.» Bárbara Guimarães reforçou a opinião do presidente deste quarteto, e disse o seguinte: «Tu consegues cantar, chegar até nós, com ternura. Parabéns! A tua escolha foi na mouche!»

Diogo Piçarra

Mais um concorrente que cantou acompanhado pela sua guitarra e, ainda por mais, numa versão sua. Arriscou a partir do momento em que decidiu interpretar um tema de Pedro Abrunhosa (Se Eu Fosse Um Dia O Teu Olhar), e esteve bem. Não me surpreendeu por já ter ouvido esta canção na sua voz no Youtube. Apesar disso, gostei da escolha e da forma como Diogo Piçarra encerrou esta música tão conhecida por tantos portugueses.

Depois de ter ouvido a atuação do finalista, Tony Carreira explicou que não gostou do arranjo que foi feito: «Este arranjo não te favoreceu. Na parte mais grave faltou uma presença de voz. [Mesmo assim] espero que continues no concurso.» Manuel Moura dos Santos referiu que Diogo Piçarra destruiu o tema original pelo facto de não ter percebido a letra. Já o autor da música, Pedro Abrunhosa, confessou que o finalista tem um «enorme perfil artístico» pelo facto de ter «reescrito a canção.»

Margarida Carriço

Foi a última a pisar o palco do Ídolos. Cantou Foram Cardos Foram Prosas, dos Ritual Tejo e, apesar de algumas desafinações, gostei da sua interpretação. Penso que esta canção foi uma boa escolha tendo em conta o tipo de timbre e a voz que tem. Tentou descolar-se um pouco do original e beneficiou do arranjo que foi feito pela banda do concurso da SIC.

Manuel Moura dos Santos foi sucinto e disse o seguinte: «Apesar de ter achado que não compreendeste de todo a canção, não estiveste mal.» Bárbara Guimarães concordou com o presidente do júri, reforçando que a jovem esteve bem.

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Terminadas as atuações dos sete finalistas do Ídolos, chegou a altura de ouvir os portugueses. Assim sendo, e depois de na última gala nenhum concorrente ter sido expulso, no dia de hoje dois dos finalistas despediram-se do formato da SIC. Eis os nomes menos votados deste domingo:

André Cruz
Inês Herédia
Margarida Carriço

Feitas as contas, Inês Herédia e Margarida Carriço abandonaram o talent-show da SIC. No próximo domingo o Top 5 vai ser contituído por André Cruz, Diogo Piçarra, João Santos, Mariana Domingues e Teresa Queirós.

A não perder!

Até para a semana!

Diogo Santos

Licenciado em Ciências da Comunicação e mestre em Marketing e Publicidade. Tenho uma grave obsessão por audiências desde os meus 14 anos. Espanta-se quem me ouve dizer que praticamente não vejo televisão. No entanto, basta fazerem-me uma pergunta sobre esta categoria, e a resposta surge em segundos. Querem testar? ;)

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