Gira Discos – Os sons do passado: Zeca Afonso

Esta noite relembramos um dos pioneiros da canção de intervenção em Portugal: Zeca Afonso.

Conciliando a música popular com o seu sentido crítico, a voz de Grândola ficará para sempre nas nossas memórias.
Foi com Baladas de Coimbra em 1958 que se estreou nos discos, mais tarde gravou Os Vampiros e Trova do Vento que Passa, marcos fundamentais da canção de intervenção e de resistência antifascista.

Professor de liceu, partiu para Moçambique, onde desenvolveu uma intensa actividade política contra o colonialismo. Com os problemas com a PIDE e a expulsão do ensino, dedica-se à música para sobreviver, nascendo assim o primeiro LP Baladas e Canções. Em 1969 com o LP Cantares do Andarilho, recebeu o prémio da Casa da Imprensa pelo melhor disco do ano e o prémio da melhor interpretação, contudo, devido à censura da época é tratado como Esoj Osnofa!

Zeca Afonso

Em 1971, edita o álbum Cantigas do Maio e é nele que surge Grândola Vila Morena a música que viria a tornar-se um símbolo da revolução de Abril.

Depois de participar em festivais, gravar novos álbuns e apoiar vários candidatos à presidência da República em 1985 é condecorado com a Ordem da Liberdade, apresentando-se no Coliseu de Lisboa para o seu último espectáculo.
A 23 de Fevereiro de 1987 morre no Hospital de Setúbal, às 3 horas da madrugada, vítima de esclerose lateral amiotrófica, uma doença neuro-degenerativa progressiva e fatal.

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Fonte: Alfarrabio

Anselmo Oliveira

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