Opinião: Que hoje a chuva seja roxa!

Tributo Possível: O Adeus ao gigante do Pop Funk

A realeza acorda hoje mais pobre, o príncipe de todos nós amantes de música deixou-nos aos 57 anos.

O nome do gigante do Pop Funk ficará com toda a certeza para sempre nos registos da história da música contemporânea. O cantor deixa-nos um património único e inimitável.

É certo que quando Prince Rogers Nelson saltou para a ribalta nos idos anos 80 eu ainda nem projecto de pessoa era, mas isso não me impede de ter o mínimo de conhecimento da sua obra e de saber o que seu legado representa.

Num país onde até muito tarde existiu um tipo música para negros e outro tipo para brancos pode dizer-se que Prince foi aquele que soube “casar” o melhor de vários estilos e fazer o Soul, o Jazz e o Funk chegarem às massas. Do alto do seu metro e cinquenta e sete de altura, este gigante, conseguiu imprimir um estilo e uma maneira de estar que poucos cantores alguma vez conseguiram, aliás,  muito mais do que cantor Prince foi compositor,foi músico, foi um verdadeiro e legítimo autor, no sentido mais amplo que a palavra pode ter.

A polémica andou sempre, ou quase sempre, de mãos dadas com ele, mas nunca a polémica se sobrepôs ao artista.

As minhas primeiras incursões no universo Prince foram com os temas mais óbvios para a minha geração: “Purple Rain” ( o meu preferido confesso) e Kiss, mas muitos se seguiram.

Prince nunca teve medo de se mostrar por completo, sim completamente, era excêntrico, mas afinal de contas toda a realeza o é, porque haveria ele de ser diferente?! Nunca se coibiu de falar de sexo e erotismo nos seus temas e de os incluir nos seus espectáculos.

São poucos os artistas do calibre daquele que agora nos deixa, são poucos os que se equiparam a Prince, hoje no trabalho ouvi expressões que diziam que era um bicho de palco, um artista completo, um talento brilhante e transversal e que artistas como Prince são impossíveis nos dias de hoje… o que tenho a dizer sobre isto? Que espero que o mundo e Arte me surpreendam porque até hoje não me têm deixado ficar mal!

Ah e espero que hoje onde quer que seja, qualquer cantinho do mundo onde chover, que a chuva seja roxa!

Artigo originalmente publicado em Fora da Linha.

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